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Sábado,28 de Junho
Retrospectiva 2022

Vez e voz das pessoas trans

Norte-mineiros contaram histórias de amor e dignidade: pai que gerou a própria filha e mulher que fez o 1º pedido de identidade social em MOC

Da Redação*
Publicado em 26/12/2022 às 22:02.Atualizado em 26/12/2022 às 22:02.

Nesta última semana do ano, O NORTE vai relembrar as matérias que foram destaques em 2022. Notícias que impactaram e repercutiram em Montes Claros, no Norte de Minas e, também, no Estado. Ao longo de doze meses, a redação pode acompanhar algumas histórias emocionantes de superação. 

Uma delas, marcou o “Dia dos Pais” comprovando que o amor ultrapassa as barreiras do preconceito. Rodrigo Brayan da Silva, de 35 anos, comemorou a data ao lado da filha que ele próprio gerou

“Foi muito gratificante. Uma gratificação dupla: o de ser pai e de gerar ao mesmo tempo. Só quem vive, sabe como é”, disse, orgulhoso, Rodrigo, à época, que comemorou o segundo Dia dos Pais ao lado da filha, fruto da relação com Ellen Carine, que também é trans. 

Ser pai, para Rodrigo, é estabelecer um próprio código de afeto, um enigma que só o filho pode decifrar. 

“É algo muito importante, papel que pensei que nunca poderia dar conta de fazer. Me enganei. Estou achando maravilhoso a parte que me toca”, disse.  
 
COM NOME REAL E IDENTIDADE SOCIAL
Este ano também foi um marco para os direitos LGBTQIA+, principalmente no que diz respeito a dignidade. Em outubro, O NORTE acompanhou o primeiro pedido de identidade social para mulher trans em MOC

Na época, a cabelereira Letícia Antunes fez o cadastro na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) para obter uma nova carteira de identidade. Acho que o primeiro passo foi dado. Lógico que o documento ainda precisa de modificações que nos favoreça ainda mais, pois, acho que o nome de registro, o social deva vir primeiro no documento, e só depois o nome civil. Mas o primeiro passo foi dado e isso é muito importante para todas, nós”, disse, satisfeita, a cabeleireira. 

De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), “o direito à autodeterminação de gênero para travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculinas e não binárias está ligado à liberdade de expressão, à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos direitos de identidade de gênero, de igualdade e de não discriminação”. 

Para 2023, O NORTE deseja que histórias como as do Bryan e da Letícia possam ser mais comuns. E que todos e todas possam ter direito ao amor e a dignidade. 

*Com informações da repórter Larissa Durães

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