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Benito Masci assumiu o Cruzeiro em 1985 depois de muita briga para se tornar presidente após uma união com Carmine Furletti para tirar Felício Brandi do poder no pleito anterior, no final de 1982.
O título mineiro de 1984, que interrompeu a sequência vitoriosa do Atlético, que tinha sido hexacampeão estadual de 1978 a 1983, fez Furletti tentar seguir no comando da Raposa.
Após muita briga política, o acordo que Benito Masci, que era seu vice, seria o candidato à presidência na eleição seguinte, foi cumprido.
Neste momento, o Cruzeiro tinha um time cheio de ídolos da torcida, como Joãozinho, Palhinha, Tostão II, Douglas, Carlinhos Sabiá, mas também uma situação financeira caótica.
Esta equipe quase caiu para a Segunda Divisão no Campeonato Brasileiro, que foi disputado no primeiro semestre, e perdeu a final do Estadual para o Atlético, que recuperou o título.
Pagar as contas passou a ser a prioridade de Benito Masci, principalmente a partir de 1986, quando ele desmanchou essa equipe e montou outra, com jogadores mais baratos.
SEMELHANÇAS
O processo é muito parecido com o que o Cruzeiro está vivendo. Para o futuro do clube, seria importante que os novos dirigentes tivessem as mesmas doses de competência e sorte que Benito Masci e os demais comandantes do futebol cruzeirense tiveram na troca do time de 1985 para 1986.
Chegaram à Toca da Raposa neste movimento atletas como Ademir, Hamilton, Edson, Robson, Heriberto, Balu, Genílson, que acabaram participando do processo de reconstrução do Cruzeiro dentro de campo.
O clube fez boas campanhas em todas as edições do Brasileirão entre 1986 e 1989, sempre usando camisas da Adidas.
Além disso, foi vice-campeão da primeira Supercopa, em 1988, perdendo a final para o Racing, da Argentina.
Este processo vivido na segunda metade dos anos 1980 foi fundamental para a década de 1990 ser vitoriosa. Agora, o Cruzeiro tem o desafio de começar de novo. FOTOS/REPRODUÇÃO/INSTAGRAM /
TODO MUNDO – Além dos atletas da equipe principal, participam da campanha de apresentação do material da Adidas jogadoras do time feminino e garotos da base
ALÉM DISSO
O zagueiro Fabrício Bruno, que teve negado na Justiça na última semana o pedido liminar para a rescisão indireta de seu contrato com o Cruzeiro, pediu reconsideração na decisão proferida pela juíza Silene Cunha de Oliveira, da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. O jogador reclama sua liberação do clube por falta de pagamento de salário, direitos de imagem e outras garantias trabalhistas. E no novo documento protocolado no Judiciário, o atleta, por meio de seus advogados, critica o fato de a Raposa não pagar sequer os cozinheiros que trabalham na Toca I.
No pedido de reconsideração, datado de 20 de dezembro, o advogado de Fabrício Bruno destaca a falta de perspectiva financeira do clube.
“Não há perspectiva de melhora, não há perspectiva de acordo, não há perspectiva de pagamento dos valores atrasados, não há perspectiva de pagamento dos salários e demais verbas que irão vencer nos próximos meses. Não há motivo para manter o reclamante atrelado a um clube que nem mesmo paga os cozinheiros ou funcionários com salários mais baixos”, diz outra parte do pedido feito à Justiça.
O advogado destaca ainda o prejuízo ao atleta: “a permanência do reclamante junto ao clube somente fará com que o débito aumente, bem como que o reclamante (Fabrício Bruno) permaneça sem receber e sem conseguir um novo emprego”.
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