(CELIO APOLINÁRIO/ARQUIVO HOJE EM DIA)
As situações são diferentes, pois a carência de grandes títulos não existe, já que o time foi campeão da Copa do Brasil no ano passado. Mas, em compensação, o futuro reserva a disputa, pela primeira vez na história, da Série B do Campeonato Brasileiro. Isso faz com que a crise técnica seja uma marca.
Por outro lado, em comum, nos dois casos, o caos financeiro. E também a roupa usada em campo, pois na recuperação do Cruzeiro na segunda metade dos anos 1980, quando o clube começou a se organizar para ser vencedor na década seguinte, a Raposa vestia Adidas, gigante dos materiais esportivos que está de volta à Toca depois de três décadas e vem agitando a torcida.
Há mais um ponto em comum nessa história. Quando a Adidas chegou ao Cruzeiro, em 1985, o clube vivia um racha político, situação bem parecida com a atual, mas que em tempos sem redes sociais ficava mais restrita aos bastidores mesmo. Felício Brandi e Carmine Furletti, dupla vencedora dos anos 1960 e 1970, tinham rompido.
Furletti era o presidente, mas no ano seguinte deixou o cargo para a entrada do seu vice, Benito Masci, num processo em que as brigas políticas também aconteceram. E a partir de 1986, o Cruzeiro começou a arrumar a sua casa, processo que terá de viver a partir de agora sob o comando de um Conselho de Notáveis.
Leia mais: Mudança fundamental