Gissele Niza
Repórter
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Foi julgado e condenado na tarde de ontem o último envolvido no assassinato do cabo PM Mauro Antônio de Araújo, ocorrido em 2004, na cidade de Porteirinha.
Antônio Ferreira Neto, 48 anos, conhecido como Tone Borracheiro, foi condenado por unanimidade (7x0) a 15 anos de reclusão por ser um dos mandantes do assassinato.
O júri entendeu que Tone Borracheiro (foto: Wilson Medeiros) agiu com a promessa de pagamento aos executores do crime, Rogério Almeida Barbosa e Reinaldo Maurício, ambos condenados no último mês de janeiro a 13 anos e meio de reclusão.
- Diante das provas apresentadas, o júri entendeu que Antônio participou do crime agindo de surpresa, quando os assassinos surpreenderam cabo Mauro em um barzinho, além de prometer recompensa aos executores do crime – diz o juiz da Vara de execuções penais, Marcos Antônio.
JULGAMENTO
A defesa de Tone Borracheiro negou a autoria do crime, enquanto a promotoria apresentou provas de que ele contratou os pistoleiros para matar o cabo Mauro.
Agora, Antônio Ferreira Neto segue para Porteirinha, onde cumprirá sua pena, juntamente com Rogério e Reinaldo.
O prefeito de Pai Pedro, Nicanor Soares Pereira, absolvido da acusação em janeiro último de também ser mandante do crime, poderá ser julgado novamente. A promotoria entrou com recurso que está sendo analisado em Belo Horizonte, para que seja revogada a absolvição de Nicanor.
O CRIME
Cabo Mauro Antônio de Araújo foi assassinado na noite de 29 de janeiro de 2004 em um barzinho de nome K Delícia, localizado no centro comercial da cidade de Porteirinha, com 14 tiros a queima roupa.
O policial estava no interior do bar quando foi surpreendido por Rogério e Reinaldo, que efetuaram vários disparos em sua direção. O crime chocou a cidade que até hoje sofre com a falta de um policial que era querido de todos.
MOTIVOS
Após o assassinato do cabo Mauro, então com 45 anos, várias versões surgiram para o crime, porém, sem provas.
Informações extra-oficiais davam conta de que Nicanor Soares teria um caso com a esposa do cabo; outra versão era de que Tone Borracheiro havia sido preso três anos antes do crime por cabo Mauro e que teria mandado matá-lo por vingança.