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Terça-Feira,13 de Maio
entrevista

TikTok leva sucessos de artista montes-clarense para o mundo

“Depois que encontrei essa rede social maravilhosa, recebi muito apoio dos meus ouvintes”, conta cantora Ray, que se prepara para lançar o primeiro EP

Adriana Queiroz
Publicado em 24/02/2023 às 22:27.

A cantora e compositora montes-clarense Rayssa Karoline Rodrigues Pereira – ou, simplesmente Ray –, de 29 anos, tem recebido muito apoio dos fãs em lives diárias no TikTok. E aproveitou o Carnaval para cantar para os seguidores.  

Nesta entrevista, a artista fala um pouco da trajetória e aproveita para divulgar o lançamento do primeiro EP, dia 17 de março, em todas plataformas digitais de música. 

“Durante este ano espero lançar mais um EP e um lindo álbum no final de todo esse processo. Estou muito feliz em lançar todas essas músicas e me apresentar enquanto artista independente no mercado”, disse. 
 
A música sempre esteve presente em sua vida?
Sim, me lembro que amava o canto de ninar da minha mãe. Ela dormia e eu continuava cantando (risos). Ainda assim, não tenho nenhum familiar que me ensinou música, mas meus pais notaram essa minha vontade logo cedo. Ingressei no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes quando tinha sete anos. Lá me formei em piano, em 2009. Depois voltei pra lá com um pouco mais de maturidade, pra estudar canto técnico em 2018. Apaixonada pelo estudo, entrei na Unimontes e me graduei em Música em 2020 e logo fiz uma pós-graduação em Educação Musical, em 2021. Nesse tempo todo tive grandes experiências com mestres e professoras da área, me inspirei nelas e dei muitas aulas de música e de canto. Mas, na verdade, sempre me senti ainda mais realizada quando cantava.
 
Fale sobre o trabalho autoral, especialmente as músicas “Oi” e “Eu quero saber”
Ao longo dos anos pude criar muitas músicas de acordo com as fases da minha vida, e todas elas se enquadram na nova MPB. Geralmente, canto sobre o amor. A música “Oi” foi meu primeiro lançamento e conta a história de uma pessoa que acaba de sair da solidão ao despertar para o amor com apenas o “oi” de alguém. Busquei a brasilidade rítmica na composição. Na faixa “Eu Quero Saber” misturo um pouco de MPB com o pop leve, e canto sobre a fase de conhecer mais afundo a pessoa que se tem interesse. No meu último lançamento, “Só Com Você”, já abordo a etapa de um relacionamento confiante, leve e tranquilo. E acrescentei um pouco de reggae dentro do mesmo estilo.
 
O músico independente tem que divulgar seu trabalho autoral e se esforçar muito para conquistar espaço. Como tem sido seu trabalho? 
Cada dia uma experiência nova. Realmente não é fácil, ter que se provar e provar para o mercado que sua música tem valor. Pensando nisso, escolho com muito cuidado as pessoas que trabalham comigo. Gravo em um estúdio de Belo Horizonte, onde os produtores validam todas as minhas ideias e têm liberdade pra toda troca necessária. Tenho ao meu lado, na produção executiva, a minha irmã Larissa Rodrigues que é extremamente competente e me ajuda a colocar em prática o que vivo sonhando. Além disso, também conto com uma equipe de marketing maravilhosa e com minha assessora Ana Maria Barbosa, para divulgar o meu trabalho. Apesar de ser independente, não significa que deva fazer tudo sozinha, mas confiar em grandes profissionais pra se ter ao lado. Para o fechamento do meu EP “Meu Mantra Pra Te Esquecer”, em março, por exemplo, estou contando com o cineasta Diego Dutra na direção, que também apostou muito no meu projeto.
 
É verdade que você ainda não se apresentou em barzinhos? Algum motivo especial?
Verdade, ainda não me apresentei nos barzinhos como Ray! Apesar de o meu primeiro cachê ter sido com 12 anos de idade, e desde cedo me apresentar enquanto “Rayssa”, logo quando me dediquei a licenciatura em Música passei a cantar somente em cerimônias de formaturas e casamentos nos finais de semana, porque eram mais lucrativos. Depois que encontrei essa rede social maravilhosa que é o Tiktok, recebi muito apoio dos meus ouvintes, que são de toda a região do Brasil e fora do país também. Então, hoje as lives musicais são a minha principal forma de performance e fonte de renda, e é claro que pretendo voltar não só aos bares, mas também aos palcos, levando o meu som autoral também.
 
Cantoras norte-mineiras têm se apresentado e feito bonito no palco do The Voice. Como a Ray vê o programa?
Uma grande janela de oportunidades para os artistas dentro da mídia televisiva. Fico feliz pelas cantoras mineiras que conseguiram participar das etapas que são televisionadas, pois quando retornam para suas cidades podem receber muito valor enquanto artistas.

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