Foi assinado na tarde de ontem pelo diretor da cadeia pública de Montes Claros, delegado Saulo Nogueira, os documentos de conclusão das obras de reforma do local que garante hoje maior segurança contra fugas e rebeliões dos detentos.

As obras tiveram início após a última rebelião no cadeião, no dia 6 de setembro do ano passado, quando os presos destruíram parcialmente a estrutura do local.

Segundo o engenheiro civil, Donizete Gomes de Oliveira, representante da empresa responsável pela reforma, nos quase 10 meses de obras foram instalados no local:

* 12 câmeras que monitoram diuturnamente toda a área de circulação do cadeião: externa e interna;

* instalado sistema de alarme com sirenes através de censores na área interna, externa e no pátio;

* instalada concertina na frente e atrás do cadeião por cima da laje;

* a laje e o piso dos banheiros foram reforçadas com placas de ferro;

* foram colocados alambrados dos dois lados da rua e no pátio;

* a passarela da guarda externa foi complementada;

* todo prédio ganhou nova pintura;

* todas as instalações elétricas e hidráulicas foram trocadas;

* construção de mais 12 celas.

MENOS VULNERÁVEL

Para o delegado Saulo Nogueira o cadeião ficou menos vulnerável com as reformas e a segurança reforçada, dificultando fugas e rebeliões.

- A cadeia foi construída em 1986 para abrigar 90 detentos e hoje com 405 é humanamente impossível garantir a segurança onde os presos vivem amontoados, como animais. Mas acreditamos que com a reforma, a segurança está parcialmente garantida.

Dos 405 presos do cadeião, 20 são mulheres, 3 homossexuais, distribuídos em 30 celas.

NOVA DIREÇÃO

Saulo Nogueira voltou a reforçar o desejo de que seja cumprida a promessa feita pelo governo do estado de designar uma equipe de diretores para atender as necessidades do local por tempo integral.

Segundo o delegado, a promessa era de que em março deste ano todo efetivo das policiais civil e militar seriam liberados da guarda da cadeia que ficaria sobre a responsabilidade dos agentes penitenciários, comandados por um diretor definitivo. Também foi prometido pelo governo do estado que junto com o novo diretor do cadeião seria designado um psicólogo, um assistente social e um advogado para atender os presos.