Gissele Niza


Repórter


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Um crime cruel chocou diversas pessoas na manhã de ontem, quando uma comerciante foi executada com seis tiros a queima roupa. O assassinato foi descoberto por volta das 9h10, quando um caminhoneiro viu uma pessoa jogar um corpo em uma estrada vicinal do anel rodoviário da MG 653, km 15.

Ao chegar ao local, a polícia encontrou o corpo da comerciante Raquel Viana de Souza, 41 anos, estirado no chão, com várias perfurações de bala no corpo.

Segundo a perícia técnica da polícia civil, Raquel foi executada com seis tiros, que causaram nove perfurações, sendo três no rosto, três no braço esquerdo, dois no braço direito e um na perna. Ainda segundo a perícia, a cabeça de Raquel também apresentava hematomas, como se tivesse recebido um soco.

Informações apuradas pela polícia dão conta de que o assassino teria abordado Raquel quando seguia em direção ao seu trabalho localizado no bairro Distrito Industrial, local próximo a transportadora que o acusado prestava serviços.

ASSASSINO

Após levantamentos com testemunhas, policiais militares conseguiram localizar o caminhoneiro, Valdeir Quirino, 60 anos, conhecido como Kiki, próximo ao posto de gasolina localizado a 5 quilômetros do local do crime.

Juntamente com Kiki foi apreendida a arma do crime, um revólver calibre 38 da marca Taurus de seis tiros, ainda sujo de sangue.

O caminhão mecânico da marca Volvo, placa KPB 3233 de Montes Claros, cor branca, conduzido pelo acusado também foi apreendido. As capsulas dos cartuchos utilizados no crime foram localizadas e apreendidas as margens da BR 365.

Kiki é natural e tem residência fixa na cidade de Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, onde reside sua família, mas há sete anos presta serviços para uma transportadora da cidade e se hospeda em uma casa localizada no bairro Edgar Pereira quando está na cidade.

CIÚMES

Na delegacia o acusado não quis prestar depoimentos, acompanhado de advogados, disse que só falaria em juízo.

Segundo informações da polícia, Kiki teria confessado o assassinato quando foi conduzido para a delegacia alegando que matou por ciúmes.

Ainda segundo a polícia, Kiki disse que no último sábado encontrou Raquel o traindo com outra pessoa e que por isso teria matado a amante.

Segundo testemunhas, após jogar o corpo de Raquel na estrada vicinal Kiki teria seguido até um posto de combustível para lavar o carro, porém o acusado não confirmou a informação.

A polícia informou também que tanto Raquel quanto Kiki eram casados e viviam bem com suas famílias.

INQUÉRITO

O titular da delegacia de repressão aos crimes contra pessoa, delegado Giovani Siervi, instaurou inquérito para apurar o crime e informou que Kiki deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado, e se condenado pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão.

O delegado explicou que o autor teria matado por motivos fúteis, meio cruel e impossibilitado a defesa da vítima, uma vez que as primeiras investigações dão conta de que Raquel teria sido executada dentro do caminhão.

O acusado foi autuado em flagrante e já se encontra na cadeia pública de Montes Claros a disposição da justiça.

EQUIPE

Participaram da operação que possibilitou a prisão do acusado de executar a comerciante várias guarnições da polícia militar, uma equipe do grupo de operações táticas especiais (Gate) comandada pelo sargento Bibiano; uma equipe da polícia rodoviária estadual (PRV) comandada pelo sargento Jair; e os detetives Capeu e Vilson.