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Terça-Feira,23 de Setembro

Quase 200 agressões por dia contra crianças e adolescentes

Jornal O Norte
Publicado em 10/10/2006 às 23:13.Atualizado em 15/11/2021 às 08:41.

Engel Paschoal


Colaboração para O Norte



Nesta semana, a coluna Responsabilidade Social e Ética, patrocinada pela BS Colway Pneus nos portais UOL e Globo Online, mostra que no Brasil são cometidas quase 200 agressões por dia contra crianças e adolescentes.



Em 18 de maio de 2000, Fernando Henrique Cardoso sancionou lei instituindo a data como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, cuja criação havia sido sugerida em 1998 pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca/BA).



Ou seja, se houvesse respeito às crianças e adolescentes não seria preciso criar um dia de combate ao abuso e exploração sexual contra eles. Mas infelizmente o problema só cresceu porque, em 9 de outubro de 2003, foi lançado em Florianópolis, SC, o primeiro Relatório de Avaliação de Metodologias de Intervenção Social para Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual (Amis).



WCF-BRASIL



O relatório foi lançado pelo Instituto WCF-Brasil, braço brasileiro da World Childhood Foundation, entidade fundada em 1999 pela Rainha Silvia, da Suécia, para apoiar técnica e financeiramente projetos voltados ao atendimento de crianças e adolescentes vitimadas ou em situação de risco de violência sexual.



A este relatório, seguiu-se outro: em 21 de outubro de 2003, foi apresentado o relatório final de subcomissão da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul sobre a exploração sexual infantil, segundo o qual uma criança era violentada a cada oito horas no Estado e em 65% dos casos o agressor era familiar.



Por causa disso tudo, em 2005 o Brasil foi considerado o país que tem o maior número de crianças e adolescentes sofrendo exploração sexual. Afinal, no ano passado foram registradas cerca de 70 mil ocorrências de violência infantil, segundo o Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (Sipia), do Ministério da Justiça. O número representa uma média diária de 189 agressões.



Em março de 2006, matéria da revista Veja informava que uma pesquisa nacional conduzida pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), da Universidade de São Paulo, “dimensionou pela primeira vez um velho problema brasileiro: a violência praticada contra crianças no ambiente doméstico.



VÍTIMAS



Segundo o estudo, 60% dos brasileiros afirmam ter sido vítimas de castigos físicos na infância - de punições leves a surras que levaram a seqüelas físicas graves.



O Lacri é coordenado por Maria Amélia Azevedo, que há três décadas dedica-se à pesquisa sobre violência contra crianças. Foi justamente por causa da experiência adquirida neste tipo de pesquisa que, em 1994, Maria Amélia Azevedo criou o Telelacri, telecurso na área da violência doméstica contra crianças e adolescentes.



Desde então, o curso tem sido realizado todo ano e forma profissionais para enfrentar esse tipo de violência doméstica. Já passaram pelo curso perto de 6 mil profissionais, inclusive de outros países, como a Argentina e o Peru. E as inscrições para o 14º. Telelacri, que se realiza em 2007, vão até 13 de outubro: www.ip.usp.br/laboratorios/lacri ,no link Edital de Seleção.



Você pode acessar a coluna Responsabilidade Social e Ética no www.uol.com.br (clique primeiro em “Educação” e, depois, em “Ensino Superior” e veja a chamada no final da página) e no http://oglobo.globo.com/ (entre em “Economia” e veja a chamada no final da página).

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