A montes-clarense Leila Britto celebrou 45 anos. Cantora, compositora de gêneros diversos, atriz, orientadora vocal, produtora musical e empresária. Premiada em diversos festivais de música do Brasil, conquistando primeiros lugares como intérprete, arranjo e letra. E não para por aí. Leila está no elenco do audiovisual “Concerto de Outono para João Chaves” que será exibido em maio deste ano. Nessa entrevista, ela fala de sua participação no projeto, trajetória e planos.
 
Você está no elenco do audiovisual “Concerto de Outono para João Chaves”. Como foi o convite para sua participação? Em qual composição você participa e qual seria a sua personagem? 
Extremamente grata pelo convite da produtora Berenice Chaves; através da indicação da maestrina da Orquestra Sinfônica de Montes Claros, Maria Lúcia Avelar. Participo na composição “O príncipe e a camponesa”, com a personagem “camponesa”.
 
Como foi o seu primeiro contato com a composição e como foi a gravação do áudio em estúdio? 
Maria Lúcia Avelar me apresentou a opereta, “na partitura” e me recordo como fiquei encantada: a história de João Chaves ali na minha frente desenhada na letra, melodia e os arranjos exuberantes feitos por ela, exclusivamente para a orquestra e as vozes solistas e coro executarem a belíssima composição do imortal João Chaves; percebi logo que seria um desafio daquele que move sua alma completamente! Iniciamos os estudos juntamente com a Orquestra Sinfônica de Montes Claros e, posteriormente, também estudamos todos juntos o instrumental da orquestra e também o vocal: com Anderson Passos que dueta comigo na opereta e o coral maravilhoso da seresta “Amo-te Muito”. Durante um bom período de estudos e ensaios sob a orientação musical da maestrina e orientação artística da produtora Berenice Chaves, finalmente gravamos o áudio, um processo bem trabalhoso por se tratar de um projeto grandioso envolvendo muitos profissionais. Apesar de ser rotineiro gravação de áudio em estúdio, neste projeto, o envolvimento e dedicação de todos os participantes faz com que seja muito especial para mim. 
 
Seu interesse pela música começou logo cedo, não é?
Sim, minha influência musical é extremamente familiar. Aos três anos de idade, influenciada por minha mãe, participei de eventos e teatros musicais, em datas comemorativas, em escolas infantis de Montes Claros e ativamente envolvida no convívio musical em grupos de cultura popular de minha família, os ternos de pastorinhas, Rainha da Paz, cuja mestra é minha avó materna e o terno de folia de reis, Deus conosco. 
 
Como foram as filmagens que você participou, e como se sentiu interpretando e cantando em uma peça inédita do compositor montes-clarense João Chaves? 
Fazer parte da história tão rica do compositor João Chaves é certamente algo imensurável. As filmagens foram prazerosas ao lado de Anderson Passos, um profissional incrível e talentoso, apesar do roteiro da “Opereta” ser bem denso. O diretor de filmagem, Samuel, e a produtora Berenice Chaves nos permitiram ir além do roteiro, o que facilitou nossa interpretação, no entanto não foi fácil atuar: precisávamos dialogar com o ambiente da cena, com as câmeras, com os personagens, com a própria música (o acompanhamento esplendoroso da Orquestra Sinfônica de Montes Claros), com nosso próprio corpo e tudo com muita naturalidade, verdade e essência; técnica também, porque o canto lírico exige essa vertente.  
 
Em sua opinião, qual a importância de um projeto como esse para a cultura montes-clarense e brasileira? 
Certamente será um legado, não só nacional, mas internacionalmente mesmo. Motivo de orgulho para todos nós montes-clarenses; valorizar nossas raízes, nossa cultura e o compositor João Chaves através do “Concerto para João Chaves”, tão maravilhoso, grandioso e bem produzido, é manter viva a memória coletiva de nosso povo.

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