Entrevista

Professora lança romance erótico em feira literária

Nannah Andrade participa pela primeira vez do FLAM

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 02/05/2024 às 19:00.

Na última quinta-feira (2), iniciou-se em Montes Claros a terceira edição do Festival Literário do Autor Montes-clarense (Flam), sediado no Centro Cultural Hermes de Paula e contando com lançamentos de livros. O evento se estenderá até o dia 12 de maio. O NORTE teve a oportunidade de entrevistar a escritora Nannah Andrade, de 37 anos, conhecida por seus romances eróticos. Nannah confidenciou que, embora já tenha experimentado outros gêneros literários sem grande sucesso, atualmente está trabalhando em um livro de fantasia infantojuvenil a pedido de seus filhos.
 
Fale um pouco sobre seus livros que são um sucesso na Amazon:
Tenho três livros publicados na Amazon: Irresistível Sr. Dom, um livro único. E os dois primeiros volumes de uma série de cinco livros, Tocando Ethan e Provocando Scott. Todos em formato de livro eletrônico. Eles são uma parceria com uma amiga, Luh Costa. São livros cheios de drama, porque Luh e eu amamos um drama. Além dos livros publicados, tenho algumas fanfics postadas no Wattpad, uma plataforma de livros bem conhecida entre os leitores. São fanfics em sua maioria sobre duas das minhas paixões, Crepúsculo e Kpop. Fanfics, para os que não conhecem, são ficções criadas por fãs. Gosto de dizer que são um presente de autores e artistas para seus fãs. 
 
Como foi essa parceria?
Foi através das fanfics que eu e Luh nos conhecemos. Ela me mandou algumas mensagens com sugestões para uma história que eu estava publicando e as conversas se estenderam até virar uma parceria. Escrevemos algumas fanfics juntas e um dia decidimos escrever um livro original. Foi quando Irresistível Sr. Dom surgiu. Já são mais de dez anos de amizade. 
 
Como você se comunica com o jovem leitor em redes sociais?
Não tenho uma rede social literária muito ativa, me comunico mais com os jovens nas minhas salas de aula, e se há algo que me deixa extremamente feliz é ver o quanto a juventude gosta de ler. Por diversas vezes, estou sentada conversando com alunos sobre livros que lemos, eu recomendando leituras ou recebendo recomendações deles. Confesso que até tenho um grupo no WhatsApp com duas alunas onde elas leem algumas coisas que escrevo antes de eu publicar. 

Em seus primeiros passos no terreno da literatura, você teve apoio ou teve que abrir caminho sozinha?
Ser escritor no Brasil não é uma tarefa fácil. Infelizmente, não é um campo que tem o valor que merecia. Quando Luh e eu começamos a escrever, não tínhamos pretensão de publicar. Era mais uma coisa para as plataformas de leitura gratuita, mas quando a coisa do escrever foi crescendo e ganhando espaço na nossa vida, começamos a pensar no publicar como livro físico e na busca por uma editora é que percebemos o quão difícil publicar um livro pode ser. Para nosso primeiro livro, conseguimos uma editora pequena, mas acabou não sendo o que esperávamos, então para nosso segundo livro nos arriscamos sozinhas em quase todos os passos. Fizemos a produção do livro físico, mandamos para uma gráfica e vendemos no boca-a-boca e nas divulgações nas redes sociais. E eu não posso mesmo deixar de falar do meu pai que praticamente virou seu Francisco, pai do Zezé e do Luciano. Só que ao invés de fichas de telefone, ele vendeu rifas para me ajudar a levantar o dinheiro para as impressões, isso sem contar que se fosse para alguém ganhar o prêmio de vendedor exemplar, ele disparava na frente. Vendeu a maioria dos meus livros. Paralelo às vendas de livro físico, Luh e eu investimos mais nas vendas de e-book pela Amazon, que descobrimos ser a melhor forma para um autor independente fazer seu espaço na literatura. Além de prático e fácil, publicar digitalmente pela Amazon tem um retorno financeiro melhor.
 
Você está à espera de seu quinto filho. De que forma os pais podem e devem incentivar a leitura para as crianças deixarem um pouco de lado tablets e celulares?
Sim, meu quinto está a caminho, só mais dois meses… E se tem algo que aprendi sendo mãe é o quanto nossas ações como pais ditam as ações dos nossos filhos. Estamos numa geração regida pelos celulares e tablets. Sou professora de tecnologia, então vejo e falo sobre isso constantemente, mas aprendi na vivência que somos um espelho para nossos filhos. Minha casa é cheia de livros e meus filhos constantemente me veem lendo, não existe um lugar para onde vou que não levo um livro ou o e-reader (leitor de e-book), e acredito ser por essa razão que todos eles gostam de ler tanto quanto eu gosto. Cada um no seu estilo. Inclusive, se existe uma cobrança, é que eu escreva algo que eles possam ler.

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