Benjamim Oliveira Júnior
Correspondente
ESPINOSA – Motivados pela rebelião e os ataques nos presídios e ruas do estado de São Paulo, presos da cadeia pública de Espinosa, na microrregião da Serra Geral de Minas, promoveram tumulto e ameaçaram atear fogo em colchões e outros objetos das celas. O princípio de rebelião foi controlado em pouco mais de uma hora pela ação das polícias civil e militar.
O protesto começou por volta de 19h de domingo, 14, durante o jantar. Dois presos recusaram a refeição e jogaram a comida no policial de plantão que vistoriava o movimento nas celas. Houve tumulto entre os detentos. Estes danificaram um televisor que fica próximo à grade.
A rebeldia continuou. Os presos ameaçaram incendiar os colchões. Para conter a fúria dos presidiários, o comandante do pelotão da PM de Espinosa, tenente Reginaldo Ribeiro, designou vários policiais para o presídio. A mesma tática foi seguida pelo delegado da comarca de Espinosa, José Augusto Santos, que encaminhou policiais civis para o local.
Um dos presos, enfurecido, ameaçou os policiais. Mas a situação foi controlada. Um preso – nome não revelado pela polícia – que teria liderado o Movimento, foi transferido para a cadeia de Monte Azul, distante cerca de 70 quilômetros de Espinosa; e outro detento que arquitetou o princípio de rebelião foi isolado numa cela. A polícia apura os motivos que levaram os detentos a tumultuar o ambiente, pois não foi mencionada nenhuma reivindicação.