Norte de Minas também participa do Encontro nacional de trabalhadores

Jornal O Norte
Publicado em 16/05/2006 às 10:51.Atualizado em 15/11/2021 às 08:35.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



Sindicalistas e trabalhadores de todo o Brasil estiveram reunidos de 27 de abriu a 1º de maio na cidade de Caxias do Sul (RS), no X Encontro nacional dos trabalhadores no comércio hoteleiro e similares. O Norte de Minas está representado pelo presidente do Sindicato dos empregados no comércio hoteleiro, bares, restaurantes e similares, José da Silva Macedo (Zete). Ele foi o único sindicalista do Norte de Minas a participar do encontro realizado na cidade gaúcha de Caxias do Sul.



Há 14 anos à frente do sindicato, José da Silva Macedo diz que é sempre oportuno a entidade da qual ele é o presidente participar de encontros dessa magnitude e importância . Segundo Zete Macedo, este foi o 6ª encontro nacional do qual ele participou.



– Tivemos a oportunidade de tratar de relevantes temas de interesse específico das categorias profissionais, em geral os trabalhadores e de toda a sociedade brasileira - informa Macedo. 



ASSUNTOS EM DISCUSSÃO



Vários assuntos de interesse da categoria dos empregados no comércio hoteleiro, bares, restaurantes e similares estiveram em debate nesse encontro, como, por exemplo, reforma sindical, dissídios coletivos, convenções coletivas, salários normativos, data-base da categoria nos estados e ainda as eleições 2006.



De acordo com José da Silva Macedo, as questões mais prementes são as relativas às reformas sindical e trabalhista, que afetarão de forma direta e com graves conseqüências a classe trabalhadora. Ele destaca ainda o processo eleitoral pelo qual irá passar o país. Durante o encontro, os sindicalistas tiraram posições e decisões a serem colocadas para os candidatos presidenciáveis. Zete explica ainda que entendimento unânime foi o de que são necessárias reformas que signifiquem aperfeiçoamento e atualização da legislação, ao contrário daquilo que consta das propostas apresentadas pelo governo, resultante que são, não de um consenso entre trabalhadores e empregadores, como divulgado, mas sim de uma manobra do governo, visto que tais propostas de reforma contemplam itens que não foram discutidos, bem como outros repudiados pelos trabalhadores.



Outro ponto enfatizado por José da Silva Macedo é quanto à unicidade ou pluralidade sindical. Quando o projeto do governo estabelece a pluralidade sindical, já demonstra uma ausência de preocupação com o pensamento da maioria dos trabalhadores e de seus representantes. José da Silva Macedo, e outros sindicalistas vêem na unicidade o caminho para alcançar melhores condições de vida e trabalho. 



- Ao contrario da pluralidade que representaria o desmonte da atual estrutura sindical e seu conseqüente enfraquecimento - explica Macedo.



Ele ressalta ainda que o retrocesso da proposta do governo se torna mais evidente quando se verifica a volta do atrelamento ao ministério do Trabalho, repelido pela Constituição federal. Pontos essenciais, tais como o combate ao desemprego, investimentos necessários no turismo, na agricultura, construção civil, educação, saúde, que se constituem setores de emprego intensivo de mão-de-obra e que gerariam reflexos positivos nos demais setores da economia, possibilitando o crescimento do país que se encontram esquecidos.

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