Ele é cantor, compositor e violonista. Um artista completo, que navega por sua própria criatividade através de belíssimas canções e ainda consegue se renovar com lançamentos e releituras.
Marcelo Godoy acabou de lançar um novo álbum, “Anjo Incompleto”, gravado e mixado no Studio Ultra Leve em Belo Horizonte, dirigido e arranjado pelo conhecido guitarrista e compositor mineiro Beto Lopes.
O artista é uma das atrações da 30ª Festa do Pequi, que será realizada de 24 a 26 de novembro, na Praça da Matriz, que neste ano faz uma homenagem aos 80 anos do poeta, cantador, violeiro e cordelista, Teo Azevedo.
“Tenho muito orgulho de ser montes-clarense, toda minha base cultural foi construída nessa cidade. Quando eu era menino ficava fascinado pelos catopês, marujos e caboclinhos. Como fico até hoje. Aqui tem grandes artistas, músicos, poetas, artistas plásticos...a cidade respira arte e cultura”, disse Marcelo Godoy.
Sua carreira está próxima de completar quantas décadas? No roll das realizações, ainda há algo que você gostaria de alcançar?
Estou completando 40 anos de estrada. Ainda gostaria de realizar alguns projetos, dentre os quais, gravar um disco só com músicas folclóricas do Norte de Minas. E também fazer um documentário sobre o grande artista Godofredo Guedes.
Como define o seu trabalho atualmente?
Eu sou um compositor filho da Tropicália. Fui muito influenciado pelo Gilberto Gil e Caetano Veloso. Mas tenho também minha parte norte mineira. Fui integrante durante muitos anos do grupo folclórico Banzé, do qual me separei quando fomos a primeira vez pra Europa, em 1981, quando fiquei morando por dois anos na Inglaterra.
Na 30ª Festa do Pequi, você sobe ao palco como um dos convidados que homenageia os 80 anos de Teo Azevedo. O que está preparando? Como recebeu o convite?
Estou muito feliz em participar dessa festa. Já há alguns anos não me apresento em Montes Claros. Vou aproveitar e lançar meu último álbum, “Anjo Incompleto”.
Além do Brasil, Montes Claros, você sempre passou um período na Europa. Como sua música é recebida em terras estrangeiras?
Eu moro metade do ano na Holanda, onde desenvolvo vários projetos musicais. Faço shows solo, voz e violão, e com banda, em espaços que variam entre festivais, cafés e teatros. Faço parte também de um quarteto chamado: Quarteto Raiz, com o qual já fiz várias turnês pela Europa, Oriente Médio e África. A música brasileira sempre esteve em alta na Europa, Japão e USA.
Tem uma história que marcou a sua vida de maneira especial?
Sim. Eu estava fazendo shows em Aman, capital da Jordânia e fui convidado para fazer uma apresentação para crianças órfãs da guerra da Síria. Fiquei muito emocionado de tocar para uma plateia de 250 crianças, com aqueles olhares tristes e curiosos. No final do show coloquei todas elas para cantar: “Olê mulher rendeira, Olê mulher rendá, tu me ensina fazer renda, que eu te ensino a namorar”.
Quais são seus planos futuros?
Quero fazer um DVD documentando toda minha trajetória musical.