O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), confirmou ontem que será candidato à presidência da República nas eleições de outubro. Ele garante que a decisão não será revista nem mesmo se o Supremo Tribunal Federal mantiver a regra da verticalização, que obriga os partidos reproduzirem nos estados e municípios as mesmas alianças da disputa federal.
- Nós temos um projeto para o País e vamos lançar candidato com ou sem verticalização. Essa é a decisão do partido. Nas últimas eleições só não lançamos candidato uma vez, em 1994, quando apoiamos o Lula - acrescenta.
Segundo Freire, o PPS vai buscar apoio do PV e PDT. Com o Psol, porém, a aliança é improvável, pois, nas palavras do deputado, o Psol tem uma concepção de esquerda anterior à queda do muro de Berlim.
Freire também descarta o convite feito pelo senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no senado, para que o PPS participe de uma chapa anti-Lula encabeçada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
O parlamentar socialista já concorreu à presidência da República, em 1989, e terminou em oitavo lugar.