Gissele Niza
Repórter
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Mais um crime motivado por ciúmes ocorreu na tarde de ontem, terça-feira: uma mãe matou o próprio filho de 10 meses, no povoado Buritizinho, localizado na zona rural de Patis, a 117 quilômetros de Montes Claros.
Segundo informações da polícia militar de Patis, o infanticídio aconteceu no final da tarde de ontem, quando a doméstica Sueli Malveira Pinto, 26 anos, após brigar com o marido, matou com várias facadas no pescoço seu filho Allisson, de apenas 10 meses de idade, e depois tentou se matar com uma facada no tórax.
Ainda segundo a polícia militar, testemunhas teriam informado que Sueli teria descoberto que seu marido, conhecido por Valdo, estava tendo um caso amoroso com outra mulher. Poucas horas antes do crime, ainda segundo a polícia, Sueli teria brigado e agredido a suposta amante de seu marido no meio da rua.
A briga teria sido separada por Valdo, que seguiu para sua casa, em Buritizinho, com a esposa. Já na residência do casal, Valdo tentou conversar com a mulher, que estava revoltada e não quis ouvi-lo. Logo que Valdo saiu da casa, Sueli matou seu filho e tentou se matar dando uma facada em seu peito.
FLAGRANTE
Sueli foi presa e encaminhada ao hospital municipal Nossa Senhora Santana, da cidade de Brasília de Minas, onde permanece sob cuidados médicos. Informações daquele hospital repassadas a O Norte dão conta de que Sueli passaria por uma cirurgia ainda na noite de ontem e que não corria risco de morte.
A mãe acusada de matar o filho está no hospital sob escolta policial, desde o momento de sua prisão. Após receber alta do hospital, Sueli será autuada em flagrante por infanticídio e, se condenada, poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão.
REVOLTA
Segundo a polícia militar de Brasília de Minas, a segurança foi reforçada na área interna e externa do hospital onde Sueli está internada, a pedido da direção da instituição, temendo reações da população, que está revoltada com o fato.
Ainda segundo informações da polícia, já no início da noite de ontem populares se reuniram em frente ao hospital, como forma de demonstrar a revolta com o crime bárbaro da criança, que teve o pescoço praticamente decepado pela facada dada pela sua mãe.