Lançado há exatos dez anos, “Red Dead Redemption” colocou o gênero Western no alto da prateleira do mercado de videogames
(Divulgação)
Os filmes do gênero Western tiveram seus dias de glória nos anos 1960. Nomes como Clint Eastwood, Lee Van Cliff, John Wayne, Charles Bronson, Gary Cooper e até Steve McQueen carregaram suas carreiras na sela de um cavalo. Mas os “bangue-bangues” deram lugar aos filmes policiais e de guerra. Hoje, o Western se tornou um segmento de nicho, com poucas, mas notáveis produções.
No mundo dos games, o estilo nunca teve grande clamor popular. Franquias como “Gun Smoke”, “Sunset Riders”, “Mad Dog McGree”, “Desperados”, “Gun” e “Call of Juarez” mantiveram o estilo vivo entre os anos 1980 e 2000. No entanto, foi em 2010 que a sorte dos pistoleiros mudou. Foi quando a Rockstar Games publicou “Red Dead Redemption”, para PS3 e Xbox 360.
O game chegou ao mercado na segunda quinzena de maio daquele ano. Era uma espécie de “GTA” a cavalo. O jogador assumia o papel de John Marston, um pistoleiro que se viu obrigado a trabalhar em conjunto com os U.S. Marshalls, uma vez que a família estava sob custódia forçada dos federais.
O game é sequência do shooter “Red Dead Revolver” de 2004, quando Marston era um jovem que viu sua família morta por pistoleiros e resolveu se vingar do mundo.
O sucesso de “RDR” foi imediato. Com um mapa gigantesco, diálogos impagáveis e excelente jogabilidade, o game transportava o jogador para uma trama que se passa numa região fictícia do Oeste dos Estados Unidos, com direito a regiões montanhosas, pantanosas e, claro, muitos desertos.
CAMPANHA
Como todo Action RPG de mundo aberto, o jogador tinha sua campanha principal, que era dar cabo em sua antiga gangue de pistoleiros. No entanto, diversas outras missões paralelas surgiam à medida que a história se desenrolava. O game também trazia jogos de azar, como carteados e outras distrações, que ampliavam a imersão do jogador na história. Além disso, o game ainda trazia um modo on-line, com diferentes desafios.
Ambientado no ano de 1911, o jogo incluía tecnologias como pistolas automáticas e até mesmo metralhadoras rotativas. Mas, na prática, a sobrevivência se dava com uma Colt na cintura e uma Winchester a tiracolo.
O jogador tinha diferentes armas à disposição, cada uma com suas peculiaridades, e ainda contava com faca e laço. Isso mesmo! Muitas vezes era preciso levar o inimigo vivo e tinha que ser amarrado.
VISUAL
“Red Dead Redemption” foi desenvolvido com o motor gráfico RAGE, abreviação para Rockstar Advanced Game Engine, lançado em 2006, e que ajudou a franquia “GTA” a deixar os gráficos poligonais no passado. Com visual muito superior à “Grand Theft Auto IV”, de 2008, o game impressionou pelo acabamento, efeitos de luz, sombras, névoa, assim como fumaça e água.
O detalhamento dos personagens também evoluiu, com uso de peles texturizadas, trajes que balançavam ao vento e demais caprichos que eram impensáveis em antigos games de mundo aberto como “GTA San Andreas” e “Scarface”.
Tudo isso fez com que o game recebesse notas elevadas em diferentes publicações. No Metacritic, indexador de notas de artigos e também jogadores, o game teve avaliação de 95 pontos. Ele recebeu diversas premiações como “Jogo do Ano” e cerca de 15 milhões de cópias vendidas.
Se hoje Arthur Morgan é galã de “Red Dead Redemption 2”, muito se deve às agruras de John Marston.