O Departamento de Economia da Unimontes realizou na cidade de Montes Claros pesquisa sobre os preços dos gêneros básicos que compõem a ração essencial mínima que registraram, em junho de 2006, variação positiva na ordem de 0,37 pontos percentuais em relação a maio último passado. A economista e chefe do departamento de Economia da Unimontes, Vânia Villas Boas esclarece que para realizar a pesquisa da Cesta Básica, o IPC da Unimontes baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo Decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para se produzir como força de trabalho.
DADOS
De acordo com Vânia Villas Boas, o trabalhador de Montes Claros, com renda bruta de R$350 utilizou, em junho de 2006, 36,55% de seu salário para a compra dos treze produtos que compõem a cesta básica em suas respectivas quantidades. Explica que essa cesta custou ao trabalhador R$127,94, em oposição a R$ 127,46 no último mês de maio. Após a aquisição da Cesta Básica restaram ao trabalhador R$ 222,06 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transportes.
HORAS DE TRABALHO
A economista e professora Vânia Villas Boas lembra que, com relação às horas trabalhadas no mês de junho de 2006, foi necessário ao trabalhador de Montes Claros dispender de sua jornada de trabalho mensal 80 horas e 40 minutos, em oposição a 80 horas e 26 minutos do mês anterior, para adquirir os alimentos básicos à sua subsistência.
Ela afirma que dentre os treze produtos que compõem a Cesta Básica, as variações positivas ocorreram nos preços dos produtos: óleo, 8,66%; batata, 6,86%; banana, 6,18%; arroz, 5,89%; açúcar, 5,43%; café, 1,01%; carne bovina, 0,99%; e farinha de mandioca, 0,46%. As variações negativas ocorreram nos preços dos produtos, a saber: feijão, -6,26%; margarina, -3,12%; e tomate, -2,80%.
Vânia Villas Boas lembra que o leite pasteurizado e o pão de sal mantiveram seus preços estáveis no mês de junho de 2006.