
O Comida di Buteco será realizado entre os dias 7 a 30 de abril em Montes Claros, Norte de Minas. Nesta edição, os 18 botecos que participam do concurso devem usar os ingredientes “ervas e especiarias. Pratos terão o preço fixo de R$ 30.
Na disputa pelo título estão desde os veteranos: Bar do Thom, Bendita Espetaria, Carrancas Mercado, Lopes Bistrô, Universo do Beiju, War Pigs Rock Bar, Ary Cristal, Bar do Chacal, Bar do Soró, Butiquim do Loy, Cantina da Paty e Jiló Butiquim; e também os novatos: 611 House Bar, Bar do Kal, Boteco Topp, Delícias do Crepe, Dom Canela Butiquim e Rancho Beer Bar.
Thonnely Mendes da Silva, 45 anos, é formado em mecânica, mas o que gosta mesmo é de receber os amigos no Bar do Thom. Ele já faturou três primeiros lugares, dois segundos lugares e um terceiro lugar no concurso. Em meio a correria do seu novo empreendimento, um espaço de festa, ele conta que descobriu a cozinha ainda quando criança. E a experiência que mais marcou sua vida foi observando a mãe trabalhar. Thonnely diz que o diferencial da sua cozinha é o tempero, herança da mãe, que deixou tudo anotado e que é usado até hoje.
“Minha mãe sempre me inspirou. Tem cinco meses que ela faleceu. O carinho, o conhecimento, a experiência que ela tinha, o dom de criar as coisas. Isso me despertou a curiosidade para trabalhar nessa área”, diz.
Neste ano, o tira-gosto apresentado, que levará o tempero materno, será o “Thombado e Enrolado”, receita de peito de frango moído com bacon e enrolado em linguiça; acompanhado pelo ‘tombado’ de feijão, molho especial da casa com chimichurri e vinagrete apimentado.
Já o campeão do ano passado, Frederico Guilherme, 30, do Bendita Espeteria se considera um montes-clarense raiz, roedor de pequi. “Falar sobre cozinha, sobre culinária, sobre cozinhar, é falar praticamente da minha vida, da minha essência. Cresci com minha bisavó, minhas avós, minha mãe, elas sempre fazendo quitandas, doces, comidas boas e ingredientes regionais”, diz.
Nessa edição, Frederico conta que preparou um bolinho que na massa leva mandioca, com recheio feito com costela bovina e queijo minas; intitulado ‘de cabo a rabo’. Como acompanhamento dois molhos, um com pimenta, e outro com coentro.
“A gente quer trazer esses quatro elementos: a mandioca, a carne de gado, a pimenta e o coentro fazendo a regionalização”, completa Frederico.