Eliza Damasceno


Colaboração para O Norte

No 14 de outubro de 2005, a Soebras - Associação educativa do Brasil assume  a administração da Fundação Hilton Rocha, em Belo Horizonte. Após um longo período de crise, a parceria com a Soebras transforma a realidade da fundação e busca fazer com que a entidade seja novamente um referencial.

Cena de atendimento gratuito na Fundação Hilton Rocha, que a Soebras mantém em Belo Horizonte (foto: divulgação)

Depois de uma ampla reforma e ajustes administrativos, a Fundação Hilton Rocha é reinaugurada com apoio da sociedade e dos governos municipal, estadual e federal.

Hoje, a Fundação atende cerca de 200 pacientes e realiza 40 cirurgias por dia. Com uma equipe composta de profissionais de renome em oftalmologia, a instituição conta ainda com a clinica social, que oferece consulta a preços acessíveis para pacientes de cidades da região. A meta é para que, em agosto, o atendimento alcance 300 consultas diárias.

Para o coordenador médico, Edmundo Soares, a revitalização da instituição veio em um momento em que o número de pacientes superava e muito o de consultas disponíveis no SUS, possibilitando a agilidade no atendimento.

Visando um atendimento mais humanizado, a Fundação Hilton Rocha – Soebras já implantou atendimento com hora marcada e sala de espera confortável.

A FUNDAÇÃO

Criada em 29 de junho de 1981, a Fundação Hilton Rocha tornou-se centro referencial em todo o mundo em oftalmologia social. Seu idealizador, Prof. Hilton Rocha implantou atendimento de qualidade para pessoas de baixa renda e que não tinham acesso ao atendimento especializado na área. A instituição fez de Minas Gerais referência em oftalmologia social. Segundo Dr. Christiano Barbante, presidente do conselho da FHR, a parceria veio em um momento oportuno e com a certeza de recolocação da Fundação no conceito que sempre a norteou, conclui.

Nesta nova fase, segundo o diretor de operações da Soebras, Ruy Muniz, estaremos reequipando a FHR para que possam ser realizados todas as cirurgias e exames e para a reativação da residência médica, prevista ainda para este ano. A nova estrutura do Projeto Urbi - ônibus-consultório para realização de consultas em cidades sem acesso a atendimentos oftalmológicos, já está em fase de implantação.

Em breve, a  imprensa braile voltara a produzir periódicos e jornais para leitura dos deficientes visuais. “Queremos preservar e garantir a Minas o referencial em oftalmologia social. Iniciativas como estas não podem se perder mediante as crises, finaliza Ruy Muniz”.