Gissele Niza
Repórter
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Em entrevista a O Norte na tarde de ontem, terça-feira, o juiz da Vara de execuções penais de Montes Claros, Marcos Antônio Ferreira, afirmou que José Cândido Cardoso da Silva, o Candinho, 22 anos, que matou com dois tiros nas costas Breno Diego Silva no último mês de janeiro, estava com depoimento marcado para à tarde de segunda-feira e, provavelmente, foi assassinado para não entregar os comparsas de Breno.
- O depoimento de José Candido Cardoso da Silva estava marcado para as 13h30 de segunda-feira e o assassinato aconteceu na manhã do mesmo dia. Não descartamos a hipótese de que o assassinato foi queima de arquivo, para que Candinho não entregasse os comparsas de Breno – diz Marcos Antônio.
O CRIME
José Cândido, conhecido como Candinho, foi assassinado na manhã de segunda-feira na laje de sua residência, localizada no Bairro Tancredo Neves.
Segundo testemunhas, cerca de 10 homens chegaram à residência de Candinho atirando no portão e, depois, pularam o muro e gritavam procurando por ele. Quando o encontraram em cima do telhado, vários tiros, atingindo Candinho na cabeça, na virilha e no braço esquerdo. Os assassinos estavam encapuzados e se apresentaram como policiais.
No local foram encontradas 25 cápsulas de pistola automática CBC 380 Auto e 8 projéteis.
Segundo informações da PM, durante rastreamento foram levantados os nomes de dois suspeitos conhecidos como Alemão e Bisson, que já tentaram contra a vida de Candinho na semana passada.
O pai de Candinho, José Adão Cardoso da Silva, 61 anos, ouviu o último suspiro do filho, dentro do quarto da residência, com as mãos na cabeça e olhos fechados, como determinaram os bandidos.
BRENO
Candinho matou Breno Diego Santos Silva, 20 anos, com doze passagens pelos meios policiais, por volta das 18 horas do dia 10 de janeiro deste ano, no Renascença, com dois tiros nas costas. De acordo com o delegado Giovani Sierve, Breno era suspeito da autoria de mais de 10 homicídios.