Gissele Niza


Repórter


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O ex-policial militar Alexandre Silva Oliveira, acusado de ter matado o menor Júnior Wesley Oliveira, 16 anos, durante um showmício do ex-prefeito Jairo Ataíde, no dia 02 de setembro de 2000, no Bairro Delfino Magalhães, foi absolvido na tarde de ontem, quarta-feira, por 5 votos a 2.

O juiz da Vara de execuções penais, Marcos Antônio Ferreira, que presidiu o julgamento, informou a O Norte que o ex-soldado Oliveira, como o acusado é conhecido, foi absolvido por negativa de autoria do crime.

ACUSAÇÃO

A promotoria apresentou provas de que no livro de carga de armas do 10º Batalhão de polícia militar de Montes Claros constava que a arma utilizada no crime estava sob o poder do ex-policial, assim como o projétil retirado do corpo do menor.

DEFESA

A defesa contestou que havia rasuras no livro de carga de armas da PM e que as informações do livro não eram confiáveis, uma vez que havia sofrido modificações. A defesa alegou também que vários policiais estavam no local e que, como o tiro foi acidental, pode ter sido de qualquer uma das armas dos outros militares que se encontravam no local.

- Diante do exposto, o júri absolveu o ex-policial militar Alexandre Silva Oliveira, mas a promotoria entrou com recurso logo após o julgamento, contestando a absolvição do soldado Oliveira – informa Marcos Antônio.

O CRIME

Júnio Wesley Oliveira foi morto durante um showmício do ex-prefeito de Montes Claros realizado na Avenida Neco Delfino, Bairro Delfino Magalhães.

Por volta das 22 horas, gangues rivais iniciaram uma briga, momento em que os policiais militares que se encontravam no local tentaram acabar com a confusão.

Durante a briga, um tiro acertou o menor, que foi encaminhado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

CORRUPÇÃO

O juiz da Vara de execuções penais informa também que Alexandre Silva Oliveira foi expulso da PM após o crime, por estar envolvido no escândalo de corrupção da polícia florestal de Moc.

- Como a promotoria entrou com recurso, se o ex-policial for julgado novamente e comprovada a autoria do crime, a pena será de 6 a 20 anos de prisão – conclui o juiz.

CABO MAURO

Começa hoje, às 08 horas, o julgamento do acusado conhecido como Tone Borrachinha de ter matado o policial militar cabo Mauro, em Porteirinha.