
Autores norte-mineiros sabem que no início da carreira é bem difícil que uma editora publique seus livros. Uns lançam de forma independente ou lançam seus escritos na internet; o que também gera uma exposição considerável do trabalho artístico. Mas, nada que substitua o charme de folear uma obra física, sentir o cheirinho do papel e da escrita.
Thalya Dias, de 26 anos, nasceu em Montes Claros, mas reside em Vista Alegre, conhecida popularmente como Água Boa, no Norte de Minas; distrito de Claro dos Poções. Foi lá a sua infância, numa casinha que chovia mais dentro do que fora, mas que cresceu olhando para as estrelas, cometas; livre, ao lado do irmão e de amigos. Técnica de enfermagem por formação, egressa do Indyu, mas escritora por aptidão. Aliás, escrever sempre foi o seu maior sonho.
Para realizar o sonho de publicar sua primeira obra, a jovem escritora resolveu fazer uma rifa de prêmios para conseguir ser uma escritora independente. “Foi um processo lento, através da internet das publicações que acompanho, percebi que seria uma forma de conseguir levantar fundos”, diz.
ASPIRANTE
A jovem escritora tem dois livros escritos e “Bloco de Notas” será o primeiro a ser lançado. Trabalha nesse título faz nove anos, sendo basicamente um pouco da sua história – um livro sobre dores, poesias e amores.
“Sempre gostei de livros. Minha mãe falava que a leitura foi um processo natural para mim, aprendi a ler muito cedo, por influência dela, me fez o desafio de ler um livro por mês já na infância, isso me fez ser uma leitora voraz. A ela, mãe Preta, a Dona Solange Dias, minha primeira leitora, minha maior saudade, meu irmão Hernany e minhas avós, e claro, meu pai Hélio Alves, um trabalhador esforçado e tantos outros que muito me incentivaram, toda minha gratidão”, comenta.
Para Thalya, a literatura é arte, vem da alma, consegue atravessar gerações, é um sentimento, é imortal. Livros como Dom Casmurro, de Machado de Assis, Alto da Compadecida, de Ariano Suassuna e A Hora da Estrela de Clarice Lispector marcaram profundamente a sua vida.
“Escrever me reconstrói, se tornou minha motivação, a cura para depressão, é uma terapia de certa forma”, diz.
Com relação a importância das redes sociais no seu trabalho de escritora, ela diz que pelo fato de ter crescido na zona rural, uma vida simples, rodeada de animais e natureza, foi necessário ser mais presente, já que é uma excelente fonte para promover seus textos. “Hoje compartilho mais meu trabalho, tenho mais visibilidade” revela.
SERVIÇO
Para participar da rifa, basta acessar o perfil da escritora no Instagram @helenthalyadias