SEMANA DAS MÃES

Doulas trazem conforto antes, durante e depois do parto para as mães

Márcia Vieira
Publicado em 11/05/2023 às 20:00.
“Eu vivi essa experiência e percebi como nós, mães, precisamos dessa profissional dando apoio”, comenta Laiza Coelho Gomes (arquivo pessoal)

“Eu vivi essa experiência e percebi como nós, mães, precisamos dessa profissional dando apoio”, comenta Laiza Coelho Gomes (arquivo pessoal)

O momento do parto nem sempre vem acompanhado só de alegrias. Junto a expectativa da maternidade, gestantes convivem com dor, desconforto, transformações físicas e emocionais, e até mitos que se propagam por gerações. Para amenizar a situação, a figura da doula, que significa “aquela que serve”, é uma das alternativas antes, durante e depois do parto. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já reconhece a profissão, e no Brasil, depois de aprovada pelo Senado, está em tramitação na Câmara dos Deputados a Lei 3946/21, que regulamenta a atividade. Esta semana, a Comissão da Mulher na Câmara Federal deu mais um passo, discutindo o tema em audiência pública com representantes do Ministério da Saúde e entidades sindicais. O Ministério entende que a presença da profissional reduz o risco de mortalidade materna e violência de gênero. 

“A maternidade é muito maior do que a gente tem dimensão enquanto sociedade. Eu vivi essa experiência e percebi como nós, mães, precisamos dessa profissional dando apoio”, disse Laiza Coelho Gomes, que há cinco anos virou mãe, teve o acompanhamento de uma doula e hoje se dedica a auxiliar outras gestantes. 

Embora a doula não possa realizar procedimento clínico, ela é responsável por oferecer métodos naturais de alívio para a dor, como orientação sobre posições, exercícios de respiração e vocalização, além de auxiliar a gestante a traçar o plano de parto, documento que é repassado a equipe médica, explicitando todas as vontades da paciente em relação àquele momento. No pós-parto a doula ajuda na rotina de sono, na amamentação e recuperação do corpo. 

“A doula faz toda a diferença e entra para servir, orientar e instruir a mulher a vivenciar este momento de forma mais potente”, diz Laiza.

Uma das gestantes auxiliadas por Laiza é a sargento Daiane Vaz, que contou com o auxílio da profissional no parto dos dois filhos. Com histórico de dificuldade para engravidar, Daiane optou por uma cesariana e contratou o serviço da doula, que acabou fazendo também o papel de acompanhante da gestante.

“Meu marido não gosta de ver sangue, procurei a doulagem para acompanhar o parto. Ela trabalha muito o lado psicológico e eu fiquei bastante satisfeita”, disse.

Ao engravidar do segundo filho Daiane buscou novamente o serviço e se surpreendeu com o resultado ainda melhor. A partir das informações da doula, ela venceu o medo e quis um parto normal.

“Ela trouxe leituras e exercícios que foram fundamentais. Me preparou para o parto normal e foi muito marcante. Eu estava tão segura, forte e feliz que eu mesma cortei o cordão umbilical do meu filho. É um detalhe, mas para uma mãe é muito importante”, relata.

Ela diz ainda que aconselha toda mulher grávida a ter uma Doula. “Se tem uma profissional para te auxiliar num momento tão especial, porque não? Acredito que é uma profissão que vai revolucionar o jeito da mulher encarar a gestação”, aposta.

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