Desde a última segunda-feira, o telefone do disque-denúncia de Combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes mudou. Agora, basta discar apenas o número 100 para denunciar casos de exploração sexual infanto-juvenil no país. A ligação é gratuita. O serviço funciona desde 2003 todos os dias da semana, das oito da manhã às dez da noite, inclusive nos feriados. Não é preciso se identificar.
Todas as denúncias recebidas pela central são analisadas por técnicos e transmitidas para os órgãos competentes no máximo em 24 horas. Entre os crimes denunciados estão o de pedofilia e pornografia na rede de computadores, que têm aumentado nos últimos anos e são de difícil controle, por ser um fenômeno novo.
Coordenado desde 2003 pela SEDH - secretaria especial dos Direitos Humanos, o disque-denúncia até então recebia relatos de violência sexual contra menores por meio do telefone 0800-990500. Com a mudança do número, a SEDH começa a veicular hoje, no rádio e na televisão, a campanha por um Brasil sem violência sexual contra crianças e adolescentes, ligue 100, cujo objetivo - além da divulgação do novo telefone - é alertar à sociedade para a gravidade do problema.
No ano passado, de acordo com a SEDH, o disque-denúncia recebeu 5.126 relatos de violência sexual infanto-juvenil. Em 2006, até o início de maio, foram registradas 3.650. O Rio de Janeiro foi o estado campeão em chamadas, 554.