Gissele Niza


Repórter


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Já estão de volta à cadeia pública de Montes Claros os cinco criminosos que foram transferidos para a penitenciária de segurança máxima de Francisco Sá, no dia 3 do mês passado, depois de lideraram um princípio de rebelião após a determinação do juiz da vara de execuções penais, Marcos Antônio Ferreira, proibindo a entrada de alimentos no local.

José Carlos Eulálio e Ismael Ferreira, presos por formação de quadrilha e pelo assassinato do empresário Djalma Freitas em 2004; Elimar Jorge Ferreira Sales, Waldemir Tavares e Alcindo Barbosa, conhecido como Mineiro, presos por tráfico de drogas; chegaram ao cadeião por volta de 10h30min, segundo informou ao O Norte o agente penitenciário, Anderson.

As autoridades não confirmam, mas informações extra-oficiais que chegaram à redação de O Norte dão conta de que os cinco detentos foram transferidos para o cadeião para que as vagas da penitenciária de Francisco Sá, fossem ocupadas pelos outros cinco criminosos vindos do Espírito Santo para aquela cidade na tarde de terça-feira, 20.

As informações que circularam na imprensa de todo país davam conta de que os criminosos do Espírito Santo, são considerados como de alta periculosidade e que teriam suas ações financiadas pelo Primeiro Comando da Capital – PCC, facção criminosa que organizou no mês passado várias rebeliões e ações contra os órgãos de segurança pública de São Paulo, resultando na morte de mais de 180 pessoas, entre elas policiais e inocentes.

Nada foi declarado pela secretaria de defesa social sobre a transferência dos presos de Francisco Sá para Montes Claros. Sobre a transferência dos criminosos do Espírito Santo, o secretário de defesa social, Ibraim Abi Ackel, informou que foi feito um acordo com a justiça envolvendo quatro estados e que a penitenciária de Francisco Sá foi escolhida porque tinha vagas disponíveis.

MOTIM

Os acusados de matar friamente o empresário Djalma Freitas e os traficantes foram transferidos para a penitenciária de Francisco Sá no último mês, por determinação do juiz Marcos Antônio Ferreira, pois o clima na cadeia pública de Montes Claros, depois de alguns meses sob controle, voltou a ser tenso com a agitação dos presos que gritavam, batiam grades, anunciavam uma nova rebelião e colocar foco no local.

Depois de várias reuniões para tentar controlar a situação, os cinco detentos foram indicados como lideres da agitação e encaminhados a Francisco Sá.

Como O Norte divulgou na edição do dia 4 de maio deste ano, o juiz Marcos Antônio declarou que os cinco detentos foram encaminhados à penitenciária de Francisco Sá por tentarem mobilizar uma nova rebelião e alertou: qualquer um que tentar mobilizar rebeliões ou motins na cadeia será punido, afastado do grupo e, dependendo do grau de periculosidade, também será encaminhado à penitenciaria de segurança máxima.

CRIMINOSOS DO PCC

Pela primeira vez a penitenciária, localizada a 54 km de Montes Claros, recebeu presos de alta periculosidade de outros estados do país.

As informações da imprensa capixaba são de que, os traficantes Fernandes de Oliveira Reis, conhecido como Fernando Cabeção; Antônio Marins; e os assaltantes de banco Erasmo Sérgio Alves, Cléber Nunes de Oliveira, conhecido como Doutorzinho, e Gilmar Luiz Lima, seriam financiados, para suas ações, pelo PCC – Primeiro comando da capital, fato demonstrado inclusive, durante as rebeliões do último final de semana no presídio de Viana, localizado em Vila Velha, quando estenderam faixas de agradecimento ao PCC em frente ao presídio capixaba.