Gissele Niza
Repórter
onorte@onorte.net
Apesar de afirmar que não existe ameaça de que ações comandadas pela facção criminosa PCC - Primeiro comando da capital aconteçam em Montes Claros, o secretário-adjunto de Defesa Social, Luiz Flávio Sapori, informou à reportagem de O Norte ontem, quinta-feira, que o cadeião está sendo monitorado semanalmente pela Superintendência de assuntos penitenciários do estado para prevenir qualquer ação criminosa na cidade.
- Nossa preocupação é que eventuais ações criminosas sejam efetuadas em Montes Claros e, para isso, o serviço de inteligência do estado está monitoramento a cadeia pública, que está superlotada e abriga detentos paulistas, o que poderia comprometer o sistema de segurança do local. A transferência desses presos deve ser efetuada o mais rápido possível porque, apesar de o sistema carcerário da cidade esteja sob controle, a prevenção é essencial para evitar surpresa.
CORRUPÇÃO
Sobre o envolvimento de policiais militares e civis em crimes de corrupção, Sapori informa que o problema de corrupção policial é grave em todo o estado, mas que as autoridades estão atentas e não suportarão negligência por parte das corporações. E que o estado está investindo em equipamentos para as policiais civil e militar, construirá um novo presídio na cidade com capacidade para 400 detentos e que amenizará a situação precária de superlotação do cadeião, além de realizar trabalho de resgate da auto-estima dos policiais, visando melhores resultados no combate à criminalidade. Nenhum crime de corrupção será suportado, diz.
Segundo ele, o serviço de inteligência do estado está investigando todas as denúncias para que, se forem confirmadas, as devidas providências e punições sejam efetuadas contra os envolvidos.
REIVINDICAÇÕES
Durante a visita a Moc para participar do seminário de prevenção à criminalidade, o secretário-adjunto recebeu um documento enviado pela câmara municipal à direção da cadeia, vara de execuções penais e à polícia militar, reivindicando melhorias no sistema de segurança do município.
No documento, as autoridades reivindicam que sejam disponibilizados mais agentes penitenciários para a cadeia, pois atualmente existem apenas três agentes para fazer a segurança de mais de 370 presos; que seja designado um diretor exclusivo para o cadeião, bem como um psicólogo e um advogado para acompanhar os detentos; e a instalação de um detector de metais fixo no local, para facilitar a revista dos parentes dos detentos.