
Montes Claros sedia no dia 19 de abril, no Centro Cultural Hermes de Paula, o 5° Encontro Nacional de Bateristas, com a participação de grandes bateristas brasileiros, como Daniel Oliveira e Paraíba na Batera. À frente do encontro está o baterista montes-clarense, Marco Antônio Caldeira Neves. Nesta entrevista, ele conta um pouco de como será o evento e de sua trajetória.
“Nesta 5° edição será um evento muito importante para todos nós de Montes Claros, região norte-mineira e sul da Bahia. São dois grandes mestres, cada um com sua característica, que apresentarão workshops abordando técnicas, entre outros assuntos. Haverá também sorteio de brindes fantásticos promovidos pelos nossos patrocinadores”, diz.
Em sua trajetória, foram muitos os eventos que reuniram os apaixonados pela bateria. E como estão os preparativos para essa quinta edição?
Será um grande evento! Como ouvinte e na organização, participei de eventos também fora de Montes Claros. Alguns como os dos bateras Dave Weckl, Virgil Donati, Mike Mangini, Dennis Chambers, Akira Jimbo, Kiko Freitas, Edu Ribeiro, Daniel Oliveira, Alfredo Maranha, Esdras Neném, Arthur Rezende, entre outros.
E que avaliação, você faz das edições anteriores?
Os eventos anteriores foram sensacionais também, contaram com grandes bateristas e grande público. Foram importantes para inserir Montes Claros no circuito de eventos, workshops e masterclasses além de contribuírem para o desenvolvimento da cultura, da música e dos bateristas da cidade e região.
Você também faz parte do trio de jazz que tem se apresentado em espaços da cidade...
Sou com muita honra baterista do Pequi Trio, ao lado dos grandes músicos como Marcelo Andrade (sax, flauta) e Thomas Fernandes (baixo). O Pequi Trio surgiu por volta de 2016 quando ainda tocávamos em formação de quarteto. Após o final do quarteto e pequeno intervalo nas apresentações, retornamos nessa formação de trio. Nosso objetivo é levar a música instrumental brasileira e o jazz para o público de Montes Claros e região. É um público fantástico que gosta desses estilos e gêneros musicais. Realizamos muitas apresentações na cidade e região tanto em restaurantes, bares, entre outros, como em festivais e eventos privados. O jazz e música instrumental são sempre bem-vindos.
O Celf celebrou 62 anos. Como foi a experiência em estudar e lecionar nessa instituição?
Fui aluno de flauta doce, teclado e percepção musical no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez (Celf), instituição que considero fundamental e divisor de águas para o desenvolvimento cultural da nossa cidade. É uma honra poder participar desse momento e ter lecionado lá por 15 anos. Damos início em 1996 ao curso de bateria nessa instituição, curso que segue muito requisitado e formando ótimos bateristas.
SOBRE MARCO NEVES
Doutor em Ciências Sociais subárea Antropologia Cultural (UERJ), mestre em música subárea Etnomusicologia (UFPB), Graduado em música (Unimontes). Professor de Ensino Superior na Unimontes no Curso de Música onde leciona várias disciplinas, entre elas bateria. Professor orientador de Estágio Curricular Supervisionado, Departamento de Estágios e Práticas Escolares da mesma universidade. Fundador e ex- professor do curso de instrumento bateria no Conservatório Estadual Lorenzo Fernândez; onde atuou de 1996 a 2011.