“Chegou a minha vez”

Artista plástico Walles Mota “estreia” no leilão do 22º Baile da Felicidade

Adriana Queiroz
20/09/2022 às 23:01.
Atualizado em 21/09/2022 às 11:15
"As cores são ondas eletromagnéticas visíveis. Consigo transpor essa vibração de cores para dentro de um quadrado, de uma tela”. (LEONARDO QUEIROZ)

"As cores são ondas eletromagnéticas visíveis. Consigo transpor essa vibração de cores para dentro de um quadrado, de uma tela”. (LEONARDO QUEIROZ)

O norte-mineiro Walles Mota acredita que a arte está em tudo o que faz. Ele é um dos artistas que vai doar obras para a 22ª edição do Baile da Felicidade, evento do Rotary Club de Montes Claros Lest que será realizado dia 24 e cuja renda beneficia obras assistenciais na cidade.

“Recebi o convite da promotora do baile, a Feli Tupinambá. Não tinha revelado publicamente que tinha essa aptidão pelas artes, mas, em 2021, resolvi mostrar a todos que era um artista plástico. E agora chegou a minha vez. É uma honra conectar com todos os artistas da região, nesse momento”, comemora.

Walles é proprietário de um salão de beleza na movimentada Avenida Mestra Fininha, no bairro São Luiz. Além de pentear, maquiar, é lá que expõe suas telas.  

A casa abriga, também, uma galeria de arte e tem conquistando clientes de Montes Claros, da região e de vários estados do Brasil. 

Pelo jardim do aconchegante salão, flores diversas, piscina, enquanto se aprecia uma boa música, um drink gelado nos dias de calor e o clima de galeria de arte.  

Walles conta que a pandemia não afetou seu processo criativo.

“Vivenciei o confinamento da pandemia da seguinte forma: aproveitei o momento para explorar a criatividade e consegui desenvolver alguns projetos futuros sobre a arte. Tive mais tempo nesse momento reflexivo, estive mais só, li alguns livros e assisti bastante filmes. Foram vários os insights”, lembra. 

Apesar das ideias, a produção foi zero. 

“Não produzi nada, tinha aquela coisa da escassez do material, foi complicado. E estava numa fase mais de processar, explorar mais a mente nesse processo criativo. Então achei que foi muito vantajoso no sentido de aproveitar esse tempo, de silencio para “viajar na mente” e na criatividade”, diz.

Equilíbrio e criatividade

O artista recorda de sua primeira exposição individual, em 2021, intitulada “Vibracores – Sensação e Expressões”. A mostra reuniu na época 40 telas em base acrílica e óleo de diferentes combinações, especialmente viagens, arquitetura, paisagens e atmosferas em diferentes estágios.

E é por essas e outras que Walles enxerga a vida por vários ângulos.

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 “Alguns amigos, artistas, têm passado por processos depressivos, inconstância, entre outros. No meu caso, tenho um equilíbrio muito grande. A minha fonte de renda não é só a arte. Uso outros métodos artísticos também como a maquiagem, por exemplo. Vivo de criatividade. Tenho que estar sempre criando. Vejo a vida de uma maneira mais ampla, real, não é abstrato.”

Sob a mensagem que está por trás de seu trabalho, diz que é um movimento de cores.

“As cores são ondas eletromagnéticas visíveis. Consigo transpor essa vibração de cores para dentro de um quadrado, de uma tela”.

Para finalizar, Walles faz um apelo bem atual:

“Dentro das políticas públicas, a arte tem um papel muito importante. Ela muda a vibração dos seres vivos”.

Serviço
Baile da Felicidade
Data: 24/9, 21h
Local: Chácara Bugarin

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