entrevista

Artista Cleiton Oliveira Santos flerta com a poética do surreal em telas

Adriana Queiroz
Publicado em 10/10/2023 às 21:17.
 (Ana Cláudia)
(Ana Cláudia)

O Museu Regional do Norte de Minas (MRNM) apresenta até o dia 30 de outubro a exposição “Além da Realidade: Uma Celebração ao Surrealismo”, do artista plástico Cleiton Oliveira Santos. A exposição é voltada para uma poética do surrealismo, explorando o imaginário e a fantasia presentes nas inquietações do artista, manifestadas em pinturas nas técnicas a óleo, acrílica e mista no desenho. 

Para a historiadora Karine Dias, as obras de Cleiton Oliveira apresentam contextos enigmáticos, cenários imaginários e metáforas sobre a condição humana. “Sua obra ressignifica as vivências, sentimentos e percepções, nada é convencional, tudo surpreende e leva a reflexão. Uma exposição que mexe com o público, diante da renovada linguagem surrealista apresentada pela arte de Cleiton”, disse.

Santos, formado em arquitetura e urbanismo, possui uma ampla formação que inclui também um diploma técnico em decoração pelo Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes (CELF) e Centro Interescolar de Artes. Além disso, atualmente está matriculado no curso de artes visuais na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Destacando-se ainda mais em seu percurso, Santos foi presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Montes Claros durante a gestão de 2021. Sua experiência abrange diversas áreas, incluindo arquitetura e urbanismo, elaboração de projetos arquite-tônicos, design de interiores, criação de maquetes físicas e produção de artes plásticas.
 
Quais as experiências com arte foram importantes para você?
A arte sempre foi à motivação para a busca dos meus ideais. Diante disso, busco, por meio das minhas formações acadêmicas, expressar-me nas produções artísticas, na arquitetura e nos cursos que ministro em aulas práticas.
 
Um artista geralmente passa por diversas fases ao longo da carreira. Como você definiria o seu trabalho hoje?
Sempre fui apaixonado e motivado pela arte acadêmica. Meus primeiros registros e estudos foram dedicados ao desenho acadêmico no realismo e hiper-realismo. Ao ingressar na adolescência no Conservatório Lorenzo Fernandes em Montes Claro (CELF), vivenciei práticas na pintura, escultura e outras formas artísticas.

O que significa para você artisticamente concretizar esse projeto?
Esse projeto é uma resposta ao que realmente me toca em minhas criações, seja na pintura ou no desenho. É um conjunto das práticas da pintura acadêmica com a vanguarda o surrealismo. Atualmente, busco experimentar o novo em meu trabalho, trazendo uma abordagem mais contemporânea na fragmentação e distorção, sem abandonar a prática do refinamento da pintura e do desenho acadêmico. Esta nova estética em meu trabalho busca provocar e criar um diálogo com o espectador, indo além da decoração de ambientes.
 
Fale um pouco dos seus mestres, influências e inspirações. O que lhe move?
Minha influência sempre foi dos mestres da arte acadêmica, que buscam a perfeição por meio de estudos e experimentos intensos. Entre eles, destacam-se Leonardo da Vinci, Caravaggio, Michelangelo, Rafael Sanzio, Albrecht Dürer, e, mais recentemente, Salvador Dalí, que é a grande engrenagem por trás das minhas criações. Atualmente, também incorporo um pouco da arte contemporânea em uma nova série.

SERVIÇO
Local: Museu Regional do Norte de Minas
Endereço: R. Cel. Celestino, 75 - Centro, Montes Claros
Data: até o dia 30 de outubro
Entrada gratuita

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