O design gráfico Wagner Xavier, 27 anos, residente na Rua São Geraldo do Bairro são Judas, se apresentou à delegacia de crimes contra a pessoa na manhã de quarta-feira, 26, para responder às acusações do assassinato do evangélico Flávio Maurício Santos Pereira, 42 anos, ano noite do último dia 17, na Rua Bom Jesus da Lapa, São Judas.

Wagner relatou em seu depoimento que, na noite de 15, sábado, se desentendeu com um homem conhecido como Diego, durante uma festa, por causa de uma ex-namorada. O desentendimento acabou em uma briga com vários tapas e socos.

No dia seguinte, segundo Wagner, Diego o teria ameaçado de morte. Preocupado e com medo das ameaças, Wagner teria comprado um revólver calibre 38 de um caminhoneiro que estava no posto de combustível Mineirão, localizado na Avenida Deputado Plínio Ribeiro.

Ainda segundo Wagner, na noite de segunda-feira, 17, quando voltava do trabalho, encontrou-se com Diego na Rua Bom Jesus da Lapa, sentado na porta de uma residência.

Nesse momento, Diego teria levantado e colocado a mão na cintura. Wagner diz que pensou que Diego estava armado, que iria matá-lo e sacou o revólver e começou a efetuar os disparos.

Wagner garante que não viu que tinha acertado outra pessoa e que só ficou sabendo da morte de Flávio Maurício, que foi atingido com dois tiros, um na perna e outro no peito, na terça-feira.

No depoimento, Wagner informou também que, após o crime, havia escondido o revólver nas proximidades da boate Usina, localizada no Centro de Moc, mas que voltou para buscá-lo no dia seguinte e não encontrou a arma.

O delegado Giovani Siervi, da delegacia de repressão aos crimes contra a pessoa, informou à reportagem que Wagner responderá a processo judicial pela prática de homicídio doloso, com intenção de matar, com pena prevista de 06 a 20 anos de reclusão.

Como O Norte divulgou na edição do dia 18, Flávio foi vítima do 18º homicídio registrado neste ano em Moc e deixou esposa e dois filhos, um de 20 e outro de 18 anos.