O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, e o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, anunciaram, nesta última terça-feira (28), em Belo Horizonte, que o Governo de Minas passa a oferecer gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste genético para detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associados aos cânceres de mama e de ovário hereditários.
O Estado vai investir R$ 1,1 mil por teste, com 2 mil exames previstos por ano, totalizando mais de R$ 9,8 milhões em recursos. O investimento inclui o cofinanciamento dos procedimentos clínicos complementares, garantindo o acompanhamento integral das usuárias na rede pública.
Para o vice-governador, a possibilidade de recorrer a este tipo de teste na rede pública de saúde vai proporcionar assertividade do diagnóstico e um tratamento mais precoce e efetivo contra o câncer.
”É um exame de sangue ou de saliva e que possibilita a identificação do risco efetivo do surgimento da doença, mudando os protocolos e o acompanhamento das mulheres que são propícias a desenvolver estes dois tipos de câncer”, explicou Mateus Simões.
A iniciativa cumpre a Lei Estadual nº 23.449 e será voltada a mulheres com histórico pessoal ou familiar das doenças, consideradas de alto risco genético, conforme critérios definidos em resolução específica da Secretaria de Estado de Saúde.
MAMOGRAFIA AMPLIADA
Além de disponibilizar o teste genético gratuitamente, o vice-governador anunciou a ampliação da realização dos exames de mamografias pelo SUS em Minas Gerais para mulheres de 40 a 74 anos, com realização a cada dois anos. Até então, o procedimento era garantido apenas para a faixa etária de 50 a 69 anos.
De acordo com Simões, a disponibilização da mamografia para estas novas faixas etárias irá aumentar a identificação precoce da doença, aumentando as chances de cura.
“O governo vai pagar a mamografia para todas as mulheres a partir de 40 anos de idade, basta que elas compareçam ao posto de saúde e peçam a marcação do exame. Não há nenhuma necessidade de consulta médica para recomendação de realização do exame. Isso muda muito a nossa condição de diagnóstico precoce porque 50% dos casos acontecem em mulheres com menos de 50 anos de idade”, explicou.
Durante o evento, o vice-governador também divulgou o repasse de R$ 15 milhões para o Instituto Mário Pena para que ele possa converter a unidade de tratamento oncológico localizada no Hospital Luxemburgo para atender 100% da demanda do SUS.
Cenário em Minas Gerais
De acordo com o Painel de Monitoramento do Tratamento Oncológico da SES-MG, Minas Gerais registrou 6.907 novos casos de câncer de mama em 2024, e 2.767 em 2025. No mesmo período, foram contabilizados 2.970 óbitos em decorrência da doença, 1.932 em 2024 e 1.038 entre janeiro e agosto de 2025.