Descoberta abre portas para o desenvolvimento de um remédio que evite a degeneração de neurônios humanos
A incidência de casos de Alzheimer aumenta consideravelmente à medida que a população envelhece - atingida a faixa dos 60 anos, a cada cinco, a taxa de pacientes dobra. Os tratamentos para essa doença neurodegenerativa, porém, não têm surgido com a mesma velocidade, apesar dos esforços de cientistas.
Um grupo dos EUA tenta contê-la apostando em substâncias existentes antes mesmo do nascimento dos indivíduos: proteínas do cordão umbilical humano. Segundo eles, os resultados positivos, publicados na última edição da revista britânica Nature, obtidos em testes com ratos abrem a possibilidade para o desenvolvimento de medicamentos.
Os pesquisadores foram motivados a investigar o assunto após outros estudos científicos indicarem propriedades terapêuticas de substâncias presentes no cordão umbilical.
EXPERIÊNCIA
No experimento, ratos idosos receberam injeções de plasma retirado do cordão umbilical humano. Após alguns dias de tratamento, as cobaias passaram a obter melhores resultados em testes de aprendizagem, memória e plasticidade sináptica (a capacidade do cérebro de mudar e se adaptar a novas informações).
Os investigadores analisaram o cérebro dos roedores e identificaram a proteína tecido inibidor de metaloproteinases 2 (TIMP2) como responsável pelo efeito benéfico. Os pesquisadores acreditam que a TIMP2 e outras proteínas presentes no cordão umbilical podem ser usadas no desenvolvimento de terapias que tratem doenças neurodegenerativas.