Na semana passada, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, em conjunto com as Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora, promoveram um treinamento abrangente destinado a profissionais da saúde de diversos municípios. O objetivo principal da capacitação foi aprimorar os conhecimentos em prevenção e controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A iniciativa contou com a participação de equipe técnica do Centro de Referência em Doenças Infecciosas (Cerdi) de Janaúba; de profissionais que atuam no Cerdi e no Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) coordenados pela Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros. Os dois serviços atendem demandas de 86 municípios que compõem a macrorregião de saúde Norte.

A capacitação faz parte da estratégia de mobilizar os serviços de saúde para o controle de infecções sexualmente transmissíveis, entre elas HIV/Aids, sífilis, hepatites virais, clamídia e gonorreia. Além disso, a capacitação abordou questões relativas à profilaxia pós-exposição a pessoas vítimas de acidentes ocupacionais com materiais biológicos e perfurocortantes; exposição sexual consentida e atualizações sobre profilaxia pós e pré-exposição na modalidade de uso contínuo e sob demanda de medicamentos. 

A capacitação foi direcionada a médicos e enfermeiros que atuam em doze hospitais credenciados a realizar o primeiro atendimento de demandas da população e que também são habilitados para a utilização da terapia antirretroviral. Também participaram da capacitação profissionais de saúde de municípios jurisdicionados à SRS Montes Claros e à GRS Januária, que têm interesse de serem incorporados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) à rede assistencial macrorregional, após validação da Coordenação Estadual de Agravos Crônicos e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

A referência técnica da vigilância em saúde da SRS Montes Claros, Helen Regina Pinheiro Rodrigues, destaca a importância da capacitação “para o alinhamento de condutas entre profissionais que realizam o primeiro atendimento, acompanhamento e tratamento nos serviços especializados em infectologia”. Ela reforça “a necessidade de ampliar as capacitações para toda a rede municipal de saúde, incluindo profissionais da vigilância epidemiológica, atenção primária à saúde e de hospitais, com o objetivo de divulgar fluxos de atendimento em vigência no território e as diretrizes do Ministério da Saúde para prevenção e controle de infecções sexualmente transmissíveis”.

A médica infectologista do Serviço Ambulatorial Especializado, Izabela Bretas, avalia que “a descentralização dos atendimentos de demandas de saúde relativas a infecções sexualmente transmissíveis possibilita à população ter acesso aos serviços credenciados, além a facilitar a adesão aos tratamentos e acompanhamento por parte dos profissionais da atenção primária à saúde”. 

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