China e Índia são pioneiros no uso desse tipo de energia e lideram as pesquisas e aplicação da coleta e uso do biogás. No Brasil, a tecnologia ainda é pouco utilizada, mas existem alguns testes sendo feitos no Sul e Sudeste
Pesquisadores brasileiros estão a um passo de testar um novo modelo de biodigestor, mais barato e eficiente. O estudo foi realizado por três pesquisadores da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e mostrou que o potencial de transformação de dejetos em energia limpa vai além do lixo produzido pelas pessoas.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) estima que o Brasil produza diariamente 260 toneladas de lixo, sendo que 52% desse total são resíduos orgânicos. Se utilizada para alimentar biodigestores – estruturas que captam os gases produzidos na decomposição – a energia gerada poderia abastecer aproximadamente sete mil residências.
BIODIGESTOR
Todo lixo orgânico pode produzir gás natural durante a composição. Já a captação deste tipo de energia é que pode ser complexa como uma planta biodigestora anaeróbia, com funcionamento parecido com a de uma termoelétrica, ou simples como um pequeno biodigestor caseiro, alimentado e manejado por qualquer pessoa.
Segundo os engenheiros, é possível construir um biodigestor caseiro de 200 litros com menos de R$ 150,00. E a construção pode ser feita em menos de uma hora se todos os materiais estiverem à disposição.
No entanto, deve-se observar qual a finalidade do biodigestor que pode ser para tratamento de efluente doméstico, produção de energia ou utilizar o biofertilizante para cultivos agrícolas. Segundo os pesquisadores, dependendo da demanda o tamanho biodigestor pode diminuir ou aumentar o custo.