Apenas em 2024, o Brasil contabilizou mais de 6,5 milhões de casos suspeitos em praticamente todos os estados do país
(Fernando Frazão/Agência Brasil)
Com o início do período chuvoso neste mês de outubro, estendendo-se até março, aumenta a preocupação com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. As chuvas favorecem a formação de poças d'água, ambientes propícios para o desenvolvimento das larvas do mosquito.
Somente este ano, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis em quase todos os estados. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul foram as mais afetadas. Dados do Ministério da Saúde apontam que em 2023 foram registrados 1.649.146 casos de dengue e 1.179 óbitos em todo o Brasil. Já o coeficiente de incidência de casos por 100 mil habitantes cresceu de 773 em 2023 para 1.741 casos prováveis para cada 100 mil brasileiros em 2024.
Minas Gerais, em especial, tem se destacado nas estatísticas, com mais de um milhão e seiscentos mil casos de dengue confirmados este ano. Montes Claros, uma das cidades mais afetadas do estado, contabiliza mais de 16 mil casos.
A representante comercial Nívea Isabel Martins conta que já está preparada para o período das chuvas, onde o mosquito Aedes aegypti se prolifera. “Este ano, estou decidida a não deixar nada para depois e já comecei a me preparar para evitar a proliferação da dengue. Amo ter plantas, mas sei que os vasos acumulam água, então já coloquei pedras nos pratos dos vasos para evitar que se formem poças. Além disso, estou sempre atenta para não deixar água parada. Assim que rego as plantas, faço questão de verificar se não ficou nenhum resquício acumulado”, diz.
Ela acrescenta que outro ponto importante é o descarte de objetos que podem acumular água. “Já fiz uma grande limpeza no quintal! Tirei todos os objetos que podem acumular água e a cada semana farei uma checagem para garantir que nada fique por ali. Além disso, sempre falo com meus vizinhos sobre a importância de manter nossos espaços limpos. A união faz a força! Se cada um fizer sua parte, vamos conseguir barrar esse mosquito indesejado”.
“Por fim, não posso esquecer do repelente! Já comprei o meu e deixei na mesa da sala para usar sempre que preciso sair. Afinal, prevenir é sempre melhor do que remediar”, completa a representante comercial.
Como combater o Aedes aegypti:
Recomendações dos Órgãos de Saúde
Os órgãos de saúde recomendam que a população esteja atenta aos sintomas da dengue, como febre alta, dor atrás dos olhos e dores no corpo. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
Além disso, campanhas educativas estão sendo realizadas para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do controle do mosquito. O Ministério da Saúde reforça que todos têm um papel ativo na luta contra a dengue. É essencial que todos se unam nessa batalha para evitar novos recordes negativos nos próximos meses. A saúde pública depende da colaboração coletiva.