Uma extensa revisão de estudos permitiu pesquisadores norte-americanos concluir que o estresse crônico causado pelo bullying na infância aumenta o risco de a pessoa desenvolver, quando for adulta, doenças sérias como problemas cardíacos e diabetes
Segundo o estudo, os sintomas físicos inexplicáveis e recorrentes são um sinal de que a criança está sendo intimidada ou perseguida. Ressalta a necessidade de considerar os processos biológicos que ligam esses sintomas psicológicos e fisiológicos, incluindo o potencial impacto na saúde em curto prazo.
O estudo explica que, em situações rápidas de estresse, o corpo humano consegue lidar com o desafio e logo volta para o padrão normal.
Com o estresse crônico, o processo de recuperação pode ser incompleto e sobrecarregar o organismo, resultando em mudanças nos sistemas inflamatório, hormonal e metabólico. Com o tempo, essas alterações fisiológicas contribuem para o desenvolvimento de doenças como depressão, diabetes e problemas cardíacos.
ORGANISMO
Além disso, a exposição ao estresse nos primeiros anos de vida pode afetar o modo como o organismo reagirá a situações de estresse no futuro. Em parte, isso ocorre devido a mudanças no gene relacionado a exposições ambientais.
Por outro lado, a situação recorrente de estresse também pode diminuir a capacidade da criança desenvolver resiliência. Pesquisas anteriores já haviam mostrado a relação do bullying com um maior risco de doenças psiquiátricas.