(Divulgação)
A agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no início desta semana um novo tratamento contra o diabetes tipo 2. O método chamado Soliqua une duas substâncias usadas por diabéticos em um só produto, o que faz com que seja aplicada uma única injeção ao invés de duas, com insulina glargina e o hormônio lixisenatida isoladas.
Para a endocrinologista Daniella Cristina Nassau, a aprovação do novo tratamento vem para beneficiar os pacientes diabéticos. “Esta associação de lixisenatida com insulina glargina facilitaria a vida do paciente, em vez de duas picadas para aplicar cada um isoladamente, aplicariam de uma única vez as duas medicações. Isso aumenta a aderência do paciente ao tratamento”, afirma a especialista.
COMBINAÇÃO
A médica Daniella Cristina explica que de forma geral, toda associação medicamentosa é benéfica para o tratamento do diabético, que usualmente já utilizam inúmeros remédios para outras doenças que costumam estar associadas. “A glargina é uma insulina de ação lenta, praticamente sem pico, o que reduz o risco de hipoglicemia como efeito colateral. Esse medicamento já é usado há vários anos e comprovadamente seguro. Com a associação da lixisenatida, que é um análogo de GLP 1 (substância encontrada no pâncreas), além do efeito hipoglicemiantes desta droga que tem ação na redução do peso do paciente, o que ajuda na melhora da resistência à insulina, teremos ainda mais benefícios em relação à hipoglicemia, pois além de poder usar uma dose menor de com este remédio, a liberação destimulado por esta droga (no pâncreas), não ocorre com glicemia baixa do paciente”, ressalta a especialista.
DISPONIBILIDADE
O farmacêutico Luiz Felipe Oliveira Barros lembra que o medicamento foi aprovado pela Anvisa, mas ainda segue para órgãos vinculados ao Ministério da Saúde para definição pública de preços de comercialização. “A princípio não estará disponível pela rede SUS, somente por rede privada. Mesmo assim é muito importante a inserção do novo medicamento no mercado e se torna uma opção no tratamento do diabetes Mellitus tipo 2 em pacientes onde as demais terapias farmacológicas não forem eficazes”, conclue o profissional.