saúde

Norte de Minas Gerais registra 17 casos de coqueluche

Pacientes estão concentrados em MOC, Botumirim, Francisco Sá, Bocaiuva e Francisco Dumont

Da Redação
Publicado em 12/03/2025 às 19:00.
Com 17 casos confirmados SES-MG mobiliza o Norte de Minas para o reforço da vigilância e vacinação (Pedro Ricardo/SRS de Montes Claros)
Com 17 casos confirmados SES-MG mobiliza o Norte de Minas para o reforço da vigilância e vacinação (Pedro Ricardo/SRS de Montes Claros)

Com seis casos confirmados de coqueluche (35,29%) acometendo crianças com idade inferior a um ano, de um total de 17 registros ocorridos no período de novembro do ano passado a 11 de março deste ano, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional de Montes Claros, alerta os 54 municípios da sua área de atuação para o reforço da vacinação contra a doença. Até o momento, em dezesseis municípios, foram notificados 83 casos prováveis de coqueluche, dos quais doze continuam em investigação. 

Boletim Epidemiológico repassado pelo Cievs aos municípios aponta que a maioria dos casos confirmados de coqueluche (70,6%) envolve pessoas do sexo masculino. Os casos confirmados estão concentrados em cinco municípios: Montes Claros (13); Botumirim, Francisco Sá, Bocaiuva e Francisco Dumont (um caso em cada localidade).

Ainda segundo o Boletim Epidemiológico, além de seis crianças menores de um ano, a maior quantidade de pessoas diagnosticadas com coqueluche está na faixa etária de 20 a 39 anos (cinco casos) e crianças com idade entre cinco e nove anos (dois casos). As demais quatro notificações confirmadas para a doença estão distribuídas em pessoas com idade variando entre um e mais de 60 anos.

“Em virtude de os casos confirmados de coqueluche envolver desde crianças menores de um ano a idosos, é de fundamental importância que os hospitais e, principalmente os serviços municipais de atenção primária à saúde reforcem as ações de vigilância, diagnóstico, notificação e tratamento visando conter a disseminação da doença. Aliado a isso, o reforço da vacinação também constitui iniciativa de fundamental importância, pois é a medida preventiva mais eficaz”, salienta Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de vigilância em saúde e do Cievs Regional de Montes Claros. 
 
SINTOMAS
Maria Regina de Oliveira Morais, referência técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, lembra que “todos os serviços de saúde precisam ficar em alerta frente a quaisquer casos suspeitos de coqueluche, e que deverão ser notificados ao Cievs em até 24 horas, com início imediato de investigação”.

Casos suspeitos de coqueluche compreendem toda criança com menos de seis meses, independentemente do estado vacinal, que apresente tosse de qualquer tipo há dez dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (violenta e incontrolável); tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (cinco a dez), em uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse; cianose (coloração azulada na pele); apneia e engasgo.

Em pessoas com idade igual ou superior a seis meses, independente do estado vacinal, a coqueluche pode ser considerada caso suspeito quando ocorre tosse de qualquer tipo há 14 dias ou mais, associada à tosse paroxística; guincho inspiratório e vômitos pós-tosse. 
 
TRANSMISSÃO
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. 

Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível. 

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por