O Estado de Minas Gerais confirmou a primeira morte em virtude da febre amarela, neste ano de 2025. O paciente é da cidade de Extrema, no sul de Minas. No início de janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já havia confirmado um caso suspeito também no sul do Estado, na cidade de Camanducaia, e o infectado seria um homem de 65 anos de idade, que está internado. Minas Gerais é um dos quatro estados que apresentaram aumento no número de casos da doença, junto com São Paulo, Roraima e Tocantins, conforme alerta do Ministério da Saúde.
A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, no chamado ciclo urbano. No ciclo silvestre, o que muda é o vetor. Os mosquitos “Haemagogus” e “Sabethes” são os transmissores. A doença não é contagiosa e não é transmitida de pessoa para pessoa. Os primeiros sintomas são: febre, calafrios, dor muscular, dor nas costas, cansaço, vômitos, enjoos e, em alguns pacientes, a icterícia. Eles aparecem entre três e 15 dias depois da contaminação.
De acordo com Agna Menezes, coordenadora do núcleo de Vigilância da Superintendência Regional de Saúde em Montes Claros, embora não haja nenhum caso na jurisdição da Regional, os cuidados prevalecem. “Estão sendo realizados seminários online para sensibilizar os profissionais da saúde e continuamos fazendo a busca ativa para aumento de coberturas vacinais, tentando identificar pessoas que ainda não estão vacinadas”, informa Agna, ressaltando que “a imunização é a principal ferramenta para a prevenção e controle da doença”. A vacina é indicada conforme recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde”, afirma.
O público-alvo da vacina é o de pessoas com idade a partir de nove meses, sendo que as crianças entre nove meses de vida e menores de cinco anos de idade devem receber uma dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos quatro anos. A partir dos cinco aos 59 anos, as pessoas que ainda não foram vacinadas devem receber a dose única. “Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina Febre Amarela antes de completar cinco anos, deverá receber uma dose de reforço independentemente da idade atual”, alerta a coordenadora. Para aqueles com 60 anos ou mais, a recomendação é que, antes de receberem a vacina, as suas condições de saúde sejam avaliadas, para evitar possíveis contraindicações. Viajantes internacionais ou aqueles que vão viajar para áreas onde há a circulação do vírus (em humanos ou epizootias) e que não se vacinaram, devem buscar a imunização com 15 dias de antecedência da viagem.