O total de mortes confirmadas pela doença em Minas já chega a 40. Uma das vítimas provavelmente foi infectada no município de Januária, no norte do estado, mas foi diagnosticada e morreu no Distrito Federal. Ao todo, o estado registrou 712 notificações de suspeitas de febre amarela, em 51 municípios.
Além dos 109 confirmados, 19 casos foram descartados. Os demais seguem em análise. Setenta mortes que podem ter sido causadas pela febre amarela também estão sendo investigadas.
SEM PRECEDENTES
São Paulo e Espírito Santo também têm mortes por febre amarela: três em São Paulo e um no Espírito Santo. Este já é o maior surto de febre amarela no Brasil desde 1980, quando o ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. Até então, o ano com o quadro mais grave havia sido 2000, com 85 casos confirmados e 40 mortes.
Em Minas, o município com a situação mais alarmante é Ladainha, onde 10 mortes por febre amarela foram confirmadas. A cidade tem, ao todo, 19 casos confirmados e 86 em análise. Caratinga, na região do Vale do Rio Doce, também preocupa as autoridades estaduais de saúde. Embora não tenha nenhuma morte por febre amarela, já são 13 casos da doença confirmados e outros 92 em análise.
REFORÇO
O governo de Minas anunciou diversas medidas para combater o surto de febre amarela no estado desde que os casos suspeitos começaram a aumentar. No início do mês, anunciou um investimento de R$26 milhões para o combate da doença, além de decretar situação de emergência em saúde pública numa área de abrangência que inclui 152 municípios.
A medida permite agilizar processos administrativos para aquisição de insumos e contratação de serviços e funcionários temporários.