(Fiocruz/Divulgação)
Nesta semana, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou os resultados do terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) de 2023. A pesquisa foi realizada junto aos municípios mineiros entre 7 e 25 de agosto, como parte da estratégia de monitoramento e controle do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zika.
De acordo com os dados enviados à SES-MG por 798 municípios mineiros, 648 deles apresentaram o Índice de Infestação Predial pelo Aedes Aegypti (IIP) igual ou menor que 0,9 e, por isso, receberam a classificação satisfatória, indicando situação de baixo risco de transmissão de arboviroses. Há 144 municípios em situação de alerta e seis permanecem em situação de risco, com IIP maior que 4,0.
Embora a Vigilância Estadual não considere apenas o levantamento da infestação por Aedes para avaliar a situação epidemio-lógica das arboviroses, os dados apresentados pelo LirAa podem ser considerados como um indicativo de alerta para os locais com possibilidade mais acentuada para o registro de casos.
O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, alerta a população para a importância do cuidado que cada cidadão deve ter no combater ao agente causador das doenças. “Estamos divulgando hoje o terceiro Levantamento Rápido dos Índices do Aedes aegypti de 2023, em que podemos avaliar os tipos de locais e recipientes em que encontramos os criadouros da dengue, chikungunya e zika. O combate ao mosquito só é possível com o apoio da sociedade, portanto, evite deixar recipientes com água parada e colabore, para que, juntos, possamos combater o Aedes”, disse.
INFESTAÇÃO NOS RECIPIENTES
O LirAa possibilita identificar também quais são os recipientes em que o mosquito está procriando, por meio do Índice por Tipo de Recipiente (ITR), que indica o percentual de cada reservatório onde foram encontradas larvas de Aedes.
De acordo com os resultados do terceiro levantamento de 2023, os recipientes infestados com maior frequência em Minas foram os depósitos móveis como vasos ou frascos, pratos de plantas, bebedouros, materiais em depósitos de construção, entre outros, somando 39,2%. Em segundo lugar ficaram os depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo, como tonéis, tambores, barris, filtros etc. com 22,9%. Os depósitos fixos, tais como tanques em obras, borracharia ou horta, calhas, lajes, sanitários, piscinas ou ralos, apareceram em terceiro lugar no ranking, com 17,3%.
Lixo, sucata, entulho e os pneus e outros materiais rodantes representaram 10,1% e 5,2%, respectivamente. Os tipos de recipientes menos infestados foram os depósitos de água elevados (caixa d´água, tambor, depósitos de alvenaria etc.), com 3,5%, e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e de rochas etc.) representando apenas 1,8%.