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Domingo,24 de Novembro
Saúde

Minas Gerais destina R$ 163 milhões às arboviroses

Estado já se prepara para o aumento de casos de dengue, chikungunya e febre oropouche

Da Redação
Publicado em 08/08/2024 às 19:00.

“Estamos em agosto, mas temos mosquitos e vírus circulando no estado e precisamos estar preparados antes do período chuvoso”, destacou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)

A época de chuvas e calor intenso é propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, e do mosquito pólvora (ou maruim), que transmite a febre oropouche, doença diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024.

Para que os municípios mineiros se preparem para o próximo período sazonal das arboviroses, que vai de novembro a maio, o Governo de Minas vai investir R$163 milhões em recursos estaduais para as ações de enfrentamento a essas doenças. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva realizada na manhã da última quarta-feira (7).

“Estamos em agosto, mas temos mosquitos e vírus circulando no estado e precisamos estar preparados antes do período chuvoso”, destacou Baccheretti.

“Vivemos, em 2024, o pior ano da nossa história de casos arboviroses, com mais de 1,6 milhão de casos. Não podemos esquecer que os ovos do Aedes estão depositados em diversos locais e, logo, logo já volta a chover. Então cada cidadão mineiro precisa fazer sua parte e limpar os reservatórios passíveis de ter água parada, como pratos de plantas, calhas e ralos, para quando chegar a água não ter nenhum ovo ali próximo de ecodir”, alertou o secretário.

“Já a febre oropouche é uma doença causada por um outro mosquito, o maruim, e que está nos preocupando, porque já temos mais de cem casos confirmados em Minas. Esse transmissor tem vínculo com locais com acúmulo de matéria orgânica, folhas ou bananeiras. Então precisamos redobrar os cuidados”, explicou Fábio Baccheretti.  
 
INVESTIMENTOS
Do total que será investido, R$120 milhões se referem a custeio livre para que os municípios planejem as ações em nível de cada território, sendo R$90 milhões pagos ainda em 2024 e os outros R$30 milhões nos primeiros meses de 2025. Os recursos poderão ser utilizados ainda no enfrentamento às doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios, que também são caracterizadas como emergência em saúde pública. 

Outros R$28 milhões serão destinados para que os consórcios intermunicipais de saúde contratem serviços complementares de Ultra Baixo Volume (fumacê), como estratégia de combate ao vetor.

Além disso, serão destinados R$15 milhões para a continuidade dos trabalhos dos drones, estratégia inovadora que pretende mapear os locais com água parada e, em situações em que o Agente de Combate a Endemias tenha dificuldade de acesso, o veículo aéreo não tripulado (Vant) poderá fazer uso do larvicida, eliminando focos do Aedes aegypti.

“Todos os municípios conseguem ter acesso aos drones que mapeiam e descobrem onde tem risco de água parada, acúmulo de lixo ou locais que podem ser criadouros do mosquito. E a descentralização do fumacê, com gestão pelos consórcios, vai dar mais agilidade para conseguirmos matar os mosquitos adultos”, ressaltou Baccheretti.

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