Médicos sem contrato definem suspensão dos atendimentos em Montes Claros

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Jornal O Norte
27/01/2017 às 07:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:51

O Sindmed - Sindicato dos Médicos de Montes Claros e Norte de Minas recebeu na noite desta quarta-feira 25, médicos que atendem pelo município nos postos de saúde (pelo programa Estratégia Saúde da Família) e que estão sem contrato desde o dia 31 de dezembro de 2016. A reunião foi solicitada pela classe, que segue sem garantias legais do retorno ao trabalho, afetando os atendimentos nas unidades de saúde de todos os bairros de Montes Claros.

Na manhã desta quinta-feira (26), ao menos 50 unidades ficaram descobertas por médicos em Montes Claros. Desde que o contrato entre os profissionais e a gestão municipal venceu nenhum contato oficial para nova contratação foi feito. Durante o mês de janeiro, os médicos realizaram atendimento para garantir a assistência à população. Porém, após várias tentativas e até mesmo reivindicações, tendo a Câmara de Vereadores e Ministério Público tomado conhecimento da situação, nada foi resolvido.

A instrução do não retorno aos atendimentos foi dada pelo setor jurídico do Sindmed, já que é ilegal permanecer em atendimento em unidade pública se não há contrato formalizado como funcionário.

Especialistas
Outra situação que segue em negociação com a administração municipal envolve os médicos especialistas, que atendem nas policlínicas de Montes Claros. Desde setembro 2016 os profissionais, servidores do município, atendem somente 30% da demanda, forma legal exigida para manutenção de greve. As negociações com o poder público, em busca de melhorias profissionais e valorização da atividade médica, se arrastam desde 2015, quando foram feitas as primeiras reuniões com a gestão municipal.

Estes profissionais pedem a realização de concurso público para médicos, melhoria da estrutura física das unidades de saúde e policlínicas, redefinição da carga horária de trabalho e remuneração, equiparando-se ao piso exigido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). A situação, segundo os profissionais, se arrasta há anos em Montes Claros. “A grande maioria de nós sempre trabalhou com o contrato extremamente precário, que nos trazia na realidade muito mais insegurança do que garantias de direitos. Precisamos ser respeitados enquanto profissionais de saúde e enquanto servidores públicos”, destacou um dos médicos presente na reunião desta quarta-feira. (Com Sindmed)

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