Saúde

LIRAa aponta alto índice de infestação de dengue em MOC

Levantamento mostrou que aproximadamente 10% dos imóveis possuem focos do mosquito

Leonardo Queiroz
leonardoqueiroz.onorte@gmail.com
Publicado em 30/01/2024 às 21:51.
Depósitos móveis, como vasos com plantas aquáticas e afins, correspondem a 47,6% dos criadouros do Aedes aegypti (Divulgação)

Depósitos móveis, como vasos com plantas aquáticas e afins, correspondem a 47,6% dos criadouros do Aedes aegypti (Divulgação)

O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de Montes Claros em 2024, realizado entre os dias 15 e 24 de janeiro, revelou um índice de infestação predial de 5,96%, onde 8,3% dos imóveis visitados apresentavam focos do mosquito.

O último LIRAa de 2023 havia registrado um índice de 2,36%, indicando um médio risco de transmissão de arbovírus. Em comparação com o primeiro deste ano, houve um aumento de 5,94%, mais que dobrando o índice. O Ministério da Saúde classifica índices inferiores a 1% como baixo risco, de 1% a 3,9% como médio risco e acima de 3,9% como alto risco de infestação do Aedes.

Os quatro bairros que apresentaram o maior número de casos notificados de dengue em 19 de janeiro foram: Ibituruna, com 18 casos; Centro, com 17 casos; Independência, com 13 casos; e Edgar Pereira, com oito casos.

Os cinco bairros com os maiores índices de infestação de arboviroses são: Alfeirão, com 38,4%; Vargem Grande, com 37,5%; Vila São Lourenço, com 27,7%; Residencial Montes Claros, com 25,0%; e Mirante do Sol II, também com 25,0%.
 
CRIADOUROS
Os locais onde foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram: depósitos móveis, como vasos com plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais e reservatórios de climatizadores, representando 47,6% dos focos.

Depósitos fixos, como tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas, constituíram 19,2% dos criadouros identificados.

Já depósitos ao nível do solo, incluindo armazenamento de água para consumo doméstico, como barris, tinas, tonéis, tambores, depósitos de barro, tanques, poços, cisternas, cacimbas, entre outros, representaram 17,7% dos focos.

Algumas dicas para evitar a proliferação do mosquito incluem a realização de limpeza periódica e vedação dos tambores, tanques e outros reservatórios ao nível do solo. É importante também utilizar toda a água armazenada em um período menor que o ciclo de reprodução do mosquito (sete a dez dias), limpar ralos e caixas de passagem, providenciar nivelamento correto e usar telas quando necessário.

Outras medidas preventivas incluem destinar o lixo para coleta pública, escoar a água dos pratos de planta, limpar e drenar calhas e lajes, realizar tratamento adequado em piscinas mesmo que não estejam em uso, e limpar periodicamente lotes vagos, quintais e dependências de imóveis comerciais, indústrias e outros.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por meio de atividades de prevenção e combate ao mosquito, oferece canais de atendimento para denúncias da população sobre focos do Aedes aegypti. Basta ligar para os telefones 2211-4400 ou 0800 283 3330 (Disque Dengue).

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por