SAÚDE

Inverno exige cuidado redobrado com a saúde

Aumento de casos de bronquiolite é registrado antes mesmo da chegada da nova estação

Márcia Vieira
Publicado em 12/06/2024 às 19:08.
Fundamental manter o calendário vacinalem dia, com foco nos imunizantes que protegem contra a gripe (PEXELS)

Fundamental manter o calendário vacinalem dia, com foco nos imunizantes que protegem contra a gripe (PEXELS)

A estação mais fria do ano começa oficialmente no próximo dia 20 de junho. No Norte de Minas, de acordo com o meteorologista Ruibran dos Reis, não há previsão para uma queda acentuada de temperatura, mas as temperaturas observadas agora, principalmente durante a noite e madrugada, são típicas da época do ano, “porque a quantidade de radiação solar que chega até à superfície, baixa, daí a ausência de nebulosidade durante a noite até a perda de toda energia para o espaço, e a gente tem uma queda de temperatura durante a madrugada. As mínimas vão variar entre 12 e 13 graus. As frentes frias passam mais ao longo do litoral da região sudeste, então vamos ter dias ensolarados principalmente neste outono e período de inverno”, avalia Ruibran.

A pequena alteração climática já trouxe reflexos na rede de saúde, com o aumento nos casos de doenças respiratórias. Mãe de duas crianças, de 6 e 3 anos, Bruna Lima está sempre atenta ao clima para evitar que as filhas sejam expostas ao vento sem agasalhos e consequentemente aos resfriados. “Ainda assim, bastou esfriar um pouco e minha filha mais nova teve dor de ouvido. Redobro os cuidados nesse período porque quando mais nova ela já teve bronquiolite e tenho muito receio”, disse a mãe. 

Cyndi Melo, coordenadora do serviço de pediatria no Hospital Mário Ribeiro, diz que antes mesmo do inverno houve uma aumento expressivo de atendimento à crianças nos meses de abril e maio e a bronquiolite é a enfermidade que mais leva crianças à internação na UTI Pediátrica. “Temos recebido muitos casos de pneumonia, mas a maior parte das internações tem o diagnóstico de bronquiolite, que acomete principalmente bebês menores de dois anos, e de forma mais grave, os menores de seis meses. Então, a gente reforça aos pais que evitem o contato desses bebês menores de seis meses com crianças ou adultos gripados e doentes”, diz. 

Proteção
A pediatra sugere algumas medidas que devem ser mantidas pelos pais nessa época, como evitar levar crianças em lugares públicos, onde haja aglomeração de pessoas, como shoppings e igrejas, nos horários de pico; Evitar receber visitas de pessoas gripadas em casa; Usar o álcool gel com frequência; Lavar a mão das crianças quando chegar em casa; Fazer a lavagem nasal de rotina para evitar que as crianças adoeçam e caso cheguem a adoecer e tiver secreção nasal abundante, fazer essa lavagem nasal de forma mais frequente e efetiva com a seringa. Cyndi ressalta ainda, a necessidade de manter o calendário vacinal em dia, com foco nos imunizantes que protegem contra a gripe, e evitam outros quadros decorrentes da doença, como otite, sinusite e pneumonia. “Para esses bebês não é só uma gripe. Eles podem evoluir para um quadro mais grave. Tem bastante bebês que começaram gripadinhos e evoluíram para um quadro gravíssimo de bronquiolite. Os cuidados são extremamente importantes”, afirma.

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