“Vou viajar no final de ano então preferi me precaver. Confio na proteção da vacina”, comenta advogado (Márcia Vieira)
O Ministério da Saúde anunciou nesta última quarta-feira (6) que duas novas variantes da Covid -19 já circulam no país. A identificação das sublinhagens JN.1 e JG.3, levou o órgão de saúde a antecipar uma nova dose da bivalente para grupos prioritários. Pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos que tomaram a última dose há mais de seis meses são os alvos desta nova etapa, conforme orientação do Ministério em nota técnica enviada aos Estados e municípios.
“Continua vigente a campanha de vacinação contra a Covid -19 para a vacina bivalente. A cobertura está baixíssima na Regional de Montes Claros, em torno de 5.55%”, disse Agna Menezes, diretora de vigilância da Superintendência Regional de Saúde (SRS), ressaltando que é importante que as pessoas de todas as faixas etárias que ainda não tenham se vacinado procurem o posto para se imunizar. “Quem estiver com duas doses do esquema primário vai tomar o reforço com a bivalente, do mesmo jeito. A única coisa que mudou é que não existia esse segundo reforço da bivalente, que passa a existir a partir dessa nota que o Ministério divulgou. Então essa população específica vai ter o segundo reforço”, explicou.
Na sala de vacina do shopping a busca pela vacina contra a Covid tem sido tímida. De acordo com funcionários, a média é de dez pessoas por dia. O advogado, Eduardo Barbosa, aproveitou uma ida ao shopping para atualizar o cartão. Ele confessa que tem acompanhado o noticiário e achou melhor se precaver.
“Pretendo viajar no final do ano, então é melhor não descuidar. Se precisar volto a usar máscara, mas acredito na defesa que a vacina proporciona”, disse o advogado que tomou a primeira e a segunda dose do imunizante, mas havia tomado apenas a primeira dose de reforço. “Na ocasião ainda não estava aberto para a minha faixa etária o segundo reforço e acabei não me vacinando, mas com a bivalente completo o cartão”.
Já a auxiliar de serviços gerais Karine Cardoso, moradora do Residencial Minas Gerais, disse que nem estava sabendo da dose bivalente. “Me vacinei três vezes, mas passei muito mal, fiquei com muita dor de cabeça. É melhor o efeito colateral da vacina do que ter covid, mas sinceramente, só vou tomar de novo se for obrigatório”, pontua.
Alaíde Nascimento, autônoma, também parou na terceira dose. Ao ser questionada sobre o receio de um novo ciclo de pandemia, ela destacou que “não sabia que tinha que tomar essa bivalente, mas vou passar num posto e tomar”.