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Christine Antonini
Repórter
Entrar em um elevador pode ser coisa normal para qualquer pessoa, mas para a jornalista Helen Mariana Santos Reis é um momento de pânico. Ela tem claustrofobia, que é o temor ou repugnância por locais fechados, como elevadores, trens, aviões e outros tantos. O medo exagerado pode ser considerado doença, como é o caso das fobias.
A fobia é um medo persistente e irracional de um determinado objeto, animal, atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo real, mas que, mesmo assim, provoca ansiedade extrema no indivíduo.
De acordo com a psicóloga Camila Bianca Figueiredo, as fobias são medos patológicos, exacerbados e que limitam o ser humano, podendo prejudicar a sua vida pessoal e social. Sendo assim, para diferenciar um medo normal de um patológico é necessário observar o impacto deste na vida do individuo, ou seja, com que força esse medo o impede de realizar tarefas habituais.
- A diferença de um medo comum para fobia, é que no segundo caso, o individuo pode apresentar sintomas de palpitações ou uma impressão de desmaio, tremores, dor de barriga, roer as unhas, perda do controle, entre outros – explica a psicóloga.
MULTI-FOBIAS
A jornalista Helen foi diagnosticada com multi-fobias e, além da claustrofobia, ela também possui aracnofobia (medo de aranhas); herpetofobia (medo de répteis e animais rastejantes), principalmente de sapo e escorpião; hipsifobia (medo de altura). Para superar os medos, a jornalista faz tratamento psicológico há um ano.
- Quando eu era criança, meu pai descobriu que eu tinha esses temores. Então, na tentativa de me ajudar, por diversas vezes ele me colocava muito próxima a esses bichos. O que fez foi piorar os meus medos. Cheguei a ter que tomar banho várias vezes, na presença de alguns desses animais. Como morávamos na zona rural, era comum, para ele, para mim, nunca foi. Ele não entendia e queria me curar, na cabeça dele era frescura. Fobia não é frescura – diz a jornalista.
TRATAMENTO
Raramente são conhecidos os eventos traumáticos causadores de fobias específicas. Todavia, o modelo psicoterapêutico é composto por técnicas terapêuticas que podem ajudar o paciente a eliminar medos, mesmo que a sua origem seja desconhecida, tais como os medos provocados nos primeiros anos de vida.
Quando a pessoa perceber que o medo afeta a rotina, é hora de procurar ajuda médica, como psicólogo ou psiquiatra – em alguns casos o paciente deve ser submetido a medicação orientada por um especialista.