A causa mais provável do surto de febre amarela silvestre que ocorre no Brasil neste ano, pelas informações disponíveis até agora, está ligada a períodos de secas ou de anomalia de chuvas em áreas próximas a matas.
De acordo com a especialista da Fiocruz Márcia Chame, que falou aos deputados da Comissão de Seguridade Social nesta quinta-feira (6), em Brasília; os dados ainda são preliminares, mas explicam, por exemplo, o surto ocorrido em 2009 no Rio Grande do Sul e o atual, na região central do País, principalmente em Minas Gerais.
A pesquisadora ressaltou a importância de capacitar os agentes comunitários de saúde, que atuam no interior do País, para detectar sinais da presença deste tipo de doença.
- Importante que o País entenda a necessidade de aperfeiçoar as informações, principalmente as que estão no campo. E isso só vai ser feito se as pessoas que estiverem no campo forem capacitadas e puderem fazer a vigilância no período de silêncio. Para a gente entender esse processo, senão a gente só corre na época dos surtos.
Foi uma enfermeira de Franciscópolis, em Minas Gerais, quem deu o primeiro alerta sobre a possibilidade da doença em outubro do ano passado. O cidadão comum, segundo Chame, pode usar um aplicativo da Fiocruz para enviar fotos ou relatar mortes ou mudanças de comportamento em animais silvestres como os macacos.