Em Minas, foram notificados 3.601 casos de HIV/AIDS até novembro de 2023 (AGÊNCIA BRASIL)
12.980 casos notificados nos últimos três anos. 55.122 usuários em tratamento no estado. O vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), permanece entre nós e não pode ser ignorado. A doença é uma realidade, mas tem tratamento e é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No Dezembro Vermelho, dedicado à prevenção da infecção e do combate ao HIV/Aids, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), reforça as ações para conscientizar a população sobre o diagnóstico e tratamento e reduzir o preconceito e a discriminação às pessoas vivendo com HIV.
Minas Gerais conta com 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) no estado distribuídos em 65 municípios mineiros, que oferecem consultas multiprofissionais e distribuição de antirretrovirais a todos os usuários.
Segundo a referência técnica da coordenação estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Cecília Helena de Oliveira, o serviço público de saúde tem um papel fundamental na qualidade de vida das pessoas portadoras do vírus.
“O SUS disponibiliza e distribui gratuitamente antirretrovirais, medicamentos utilizados para o tratamento, além de promover ações de prevenção como testagens rápidas, estímulo ao uso e distribuição gratuita de preservativos e gel lubrificante, disponibilização de outras profilaxias como a pós-exposição e a pré-exposição. A pessoa que vive com HIV, que utiliza a medicação de forma correta e contínua, tem níveis de vírus circulante no sangue igual a zero, o que contribui para uma boa qualidade de vida”, esclarece.
O diagnóstico é realizado por meio de testes rápidos, disponíveis em qualquer serviço de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), clínicas, hospitais ou SAE e o tratamento é feito pelo SAE mais próximo da residência do paciente. O tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento dura em média 7 a 15 dias.
Ainda de acordo com a referência técnica, o estado de Minas Gerais, em 2022, realizou a distribuição de 29 milhões de insumos (preservativos masculinos e gel lubrificante) para as ações de prevenção às IST e 1,2 milhão de testes rápidos. “Dentre as ações de prevenção, destaca-se também a oferta da pré-exposição, que consiste no uso de medicamento diário, em situações de risco para a infecção ao HIV, e a pós-exposição, que é o uso de medicamentos antivirais em caráter de urgência, em até 72 horas, após uma exposição de risco, por 28 dias. Já a implantação do teste rápido nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios favorece a oferta da testagem em tempo oportuno e a realização do diagnóstico precoce”, explica.
Em Minas Gerais, foram notificados 4.628 casos de HIV/Aids em 2021, 4.751, em 2022; e 3.601 casos até novembro de 2023.