Vacinação em Minas de crianças de 6 meses a 2 anos e 11 meses contra a Covid-19 está comprometida devido à falta de imunizantes; Minas precisa de 2 milhões de doses, mas só chegaram 100 mil (PÚBLICAS/DIVULGAÇÃO)
A vacinação em Minas de crianças de 6 meses a 2 anos e 11 meses contra a Covid está comprometida devido à falta de imunizantes. O Estado recebeu apenas 5% das doses necessárias para completar o esquema vacinal, que é realizado com a Pfizer Baby. Sem estoque, estão sendo priorizados os grupos de risco. Médicos alertam que a proteção precisa ser levada para todo o público, e com urgência.
Minas precisa de 2 milhões de doses, mas só chegaram 100 mil, conforme informou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. De acordo ele, o governo federal decidiu imunizar apenas as que têm comorbidades. A medida foi criticada.
“Nosso entendimento é outro, todo mundo tem que se vacinar. Mas são tão poucas vacinas que temos mais procura do que vacina, mas é pela quantidade”, afirma Baccheretti.
O secretário ressalta, no entanto, que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde – no qual ele é vice-presidente – tem cobrado a compra de imunizantes, inclusive, junto à equipe de transição formada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Há um mês colocamos pontos principais e, em relação à vacina, foi aceito na hora. Já solicitamos a compra. Eles concordaram, já anunciaram que farão essas ações. Então, obtivemos sucesso e aprovação da equipe de transição”, disse.
RISCO
Baccheretti afirma que a imunização das crianças precisa ocorrer antes do período sazonal, marcado pelo surgimento de outros vírus respiratórios. “Estamos pedindo mais vacinas porque não podemos perder a oportunidade. Quando falo de bronquiolite, ela pega essas crianças até 2 anos, é justamente o público que estamos bem ruins de imunização da Covid, então essas crianças são suscetíveis à gripe, bronquiolite e Covid”.
O infectologista Carlos Starling, que integrou o extinto Comitê de Enfrentamento ao coronavírus da prefeitura de BH, também aponta a gravidade da falta de imunizantes.
RESPOSTA
Por nota, o Ministério da Saúde informou que com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), a ampliação das doses para esse grupo infantil passou a ser avaliada de forma prioritária pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
“Cabe reforçar que a pasta está em processo de aquisição de mais doses da vacina Pfizer Baby com previsão de entrega para o mês de janeiro”.